1ª Jornada da Agricultura Saudável- Instituto Moara

Maeí, plataforma exclusiva de e-commerce indígena, com chancela da Funai, será lançada na Jornada da Agricultura Saudável, em agosto, em Brasília

A Maeí, uma plataforma exclusiva de e-commerce indígena, com certificação da Fundação Nacional do Índio (Funai), será lançada na Jornada da Agricultura Saudável (JAS), evento que ocorre nos dias 10, 11 e 12 de agosto, no Parque Tecnológico de Brasília (Biotic).

A iniciativa está sendo implementada pelo Instituto Moara, que também promove a jornada, e vai ao ar com produtos de quatro etnias – Cinta Larga, Indígenas do Xingu, Kaingang-Kamé-e-Kanhru e Suruí, organizadas em associações e cooperativas – Associação de Artesanato Indígena Kamé Kanhru; Associação Yawalapiti Awapa/ Associação Yamurikuma das Mulheres Xinguanas (Aymxi); Cooperativa Extrativista de Castanhas Indígenas (Coocasin), e Cooperativa de Trabalho, Prestação de Serviço, Assistência e Extensão Rural (Copaiter).

Alguns dos diferenciais da Maeí são a chancela da Funai, que atesta que ali serão comercializados produtos desenvolvidos genuinamente por povos indígenas, a monetização majoritariamente revertida para os artesãos e artistas indígenas, e a garantia de que os itens terão uma certificação digital de originalidade. Além disso, a plataforma contará com descrição detalhada dos produtos, com informações sobre a etnia que os fez, a origem da matéria-prima, a técnica empregada.

O Instituto Moara responde pela parte técnica da plataforma, implementando-a, e também se comprometendo a fazer a manutenção do e-commerce. “A gestão ficará a cargo das etnias envolvidas. Esperamos que elas tenham autonomia nesse aspecto e também que a iniciativa fomente o empreendedorismo entre os povos indígenas”, afirma o coordenador de Tecnologia e Inovação da Moara Bioestimulantes Agroambientais, que mantém o instituto, Kleiton Godoi.

Cabe à Funai o levantamento dos projetos indígenas, entre as cerca de 300 etnias catalogadas pelo órgão, com potencial de geração de renda e emprego para os povos. O órgão também responde pela capacitação deles para empreender e gerir a plataforma. “Estamos mapeando esse portfólio de etnias, que então terão inserção paulatina na plataforma. Além da geração de emprego e renda, esperamos prover esses povos com uma alternativa de escoamento de sua produção, para que não precisem sair de suas terras e nem fiquem dependentes de atravessadores”, explica o coordenador-Geral de Promoção ao Etnodesenvolvimento da Funai, Denis Soares.

O coordenador-Geral destaca ainda o pioneirismo da iniciativa e a expectativa do órgão: “Essa ação inovadora é a única iniciativa do tipo com envolvimento da Funai. E para nós o céu é o limite, em relação ao número de povos indígenas que podem ser beneficiados, dentro daquelas etnias que tiverem interesse em empreender”.

A plataforma será lançada no segundo dia da jornada, em 11 de agosto. Nessa primeira fase, considerada um projeto-piloto, a Cooperativa Brasileira de Serviços Empresariais (Cbrase) também é parceira da ação, na prestação da consultoria aos povos indígenas, em aspectos do planejamento do negócio e da logística.

Fonte:  Vincere Comunicação