A evolução do Agronegócio Brasileiro com emoção!

Inicio minha primeira postagem aqui na coluna da Agromulher com muita gratidão, pois ter a oportunidade de falar do agronegócio e de seus protagonistas me eleva demais. E, como o assunto é bom, vamos falar da evolução desse segmento que movimenta o Brasil com emoção!

O Agronegócio Brasileiro… Quanta evolução nesses anos, se lembram de nossos bisavôs, avôs e pais fazendeiros? Eles anotavam em suas cadernetas pretas suas anotações mais detalhadas sobre a fazenda, mas hoje utilizamos softwares de automação e gestão de informações, que começaram a rodar em desktops, depois foram para os notebooks, partiram para os tablets e hoje, no meio da fazenda, acessam pelos celulares. O que dizer daqueles que controlam tudo tão perfeitamente que até leitura de íris de bois eles fazem? Além de ter todas as informações em tempo real, do campo para a Bolsa de Valores, do campo para os intermediários, do campo para o consumidor final.

A preocupação com a produtividade, a natureza e a saúde cresceu tanto que o processo antigo da queima de algumas culturas, se instituiu na mecanização da colheita com semeadoras, plantadeiras e colheitadeiras de última geração, controladas por computadores de bordo que lá da administração da fazenda podem rastrear e realizar todos os cálculos de produtividade diária, dos processos antigos de aplicação de uso fertilizantes e defensivos, vieram os drones e a pulverização aérea inteligente, para aumento de produção, portais de rastreabilidade abraçam os treminhões, bi trens e caminhões que adentram as áreas de pesagem das usinas agrícolas. Equipamentos espalhados pelo campo coletam dados importantíssimos, afinal a era da Big Data já chegou, a era das informações em tempo real! O produtor hoje tem acesso a informações estratégicas que o colocam à frente, reduzem riscos, coloca a visão 360º e em poder das informações pode negociar melhor e obter mais lucro e controlar seus custos.

Antes da porteira um mundo de empresas realiza estudos inovadores de análise de sementes, fertilizantes, defensivos e maquinários que contam com precisões espetaculares e que até já utilizam a inteligência artificial.

O Agro não é só tech, ele é aquela super mãe que se atenta muito no que vai chegar nas mesas dos seus “filhos” consumidores, tão antenado que entende hoje a necessidade de cada tribo consumidora, tais como os veganos, os celíacos, os fitness, os gourmets, os simples, os orgânicos, os marombas e por aí vai.

As estratégias de vendas e análises, das ações em mídias sociais são um caminho sem volta, pois o planejamento estratégico saiu das corporações e foi parar dentro da porteira, da administração básica, então, nasceu a governança corporativa, a transparência de custos, a agenda ESG. O produtor entende que se não tiver uma abordagem que fale tanto com o consumidor final quanto o intermediário, ele perde oportunidades de venda, afinal, tudo é um pacote de ações que tem como objetivo aguçar o sentido do cliente e, para isso, é necessário o marketing bem estruturado, mídias sociais que falem a mesma linguagem do cliente alvo, um processo inteligente de design de embalagens, certificações para diferenciá-lo da concorrência, rastreabilidade de seus produtos e, além disso, que esses produtos tragam conforto emocional para o consumidor.

O respeito pelo bem-estar animal e preservação da natureza para novas gerações é prioridade. O processo é alucinante, pois a demanda global é surreal, mas o olhar estratégico tem que visar sim o futuro e as normas estabelecidas pelos órgãos reguladores, não é mesmo? É tão fantástico conhecer cases como os que encontramos na pecuária, por exemplo, como aquele em que o gado que é criado ao som de música clássica, a ração inteligente que possui os nutrientes necessários ao seu desenvolvimento, e, principalmente, a liberdade ao longo do seu crescimento e o respeito no abate, estamos falando das 5 liberdades dos animais.

A responsabilidade social também é muito importante, hoje vemos empresários do campo realizando a atualização da sua mão de obra, inserindo seus funcionários em escolas técnicas, o “boia fria” está tomando uma nova forma, está se moldando e, futuramente, será o operador de máquina full, o gestor de campo, o cara da automação. A transformação não vem somente do campo e sim do ser humano e do ser humano nasce a gestão humanizada.

E quando não se consegue mais imaginar para onde o Agro pode crescer, ele cresce para cima, com a agricultura vertical, hortaliças, frutas e até animais; no lugar do sol e da chuva, lâmpadas de led e irrigação via gotejamento; do clima quente e frio, o uso das centrais climatizadas… Nasce aí o fazendeiro da cidade!

O Agro está mudando sua face, com jovens com ideias inovadoras, mulheres super poderosas com seu olhar abrangente e estratégico que estão fazendo acontecer e nada de preconceitos a gêneros e ideias, pois somos acolhedores. Os novos coadjuvantes se unem aos antigos e a troca de ideias e parceria fortalece esse segmento que sustenta o Brasil, que todos os anos alcança safras recordes, que movimenta essa locomotiva e que, mesmo com todas as adversidades da economia e em especial o que ocorreu nos últimos anos de um vírus devastador e uma guerra, continuou firme e forte sem cessar.

Nosso Agro é resiliente, é a fé do produtor que pode ter todos os frameworks em sua propriedade, mas ao final do dia ao finalizar a lida, retira seu chapéu e ajoelha-se agradecendo e pedindo a Deus que traga a chuva que fará brotar seu plantel e o sol que iluminará e trará energia para sua colheita. O Agro é emoção, é o olhar vasto, é o ato de esperar e colher.

Fonte: Agromulher