A revolução começa com uma pequena semente

Por Léo Dias*

A diversidade de solo, clima e cultivares faz do nosso país uma espécie de imenso laboratório a céu aberto. Por trás de sementes, mudas e manejo, estão jovens e gerações maduras, que viram e veem na tecnologia a pedra de toque para redimensionar o agronegócio.

Mais que isso: revolucionar produção e produtividade, respeitando o meio ambiente e as pessoas é o que há de mais oportuno nos dias de hoje. E as agritechs, startups com soluções tecnológicas para o agronegócio, são a grande atração para acelerar este ambiente de revolução digital no campo.

Até 2050, seremos 9 bilhões de pessoas no mundo. Teremos de aumentar em 70% a produção de alimentos, para suprir essa demanda. Dados da Fao – Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura.

E o Brasil tem tudo para ser o grande protagonista deste desafio.

País é campeão mundial de crescimento em produção e exportação de alimentos nos últimos 10 anos. Tem água, terra e clima para continuar crescendo e atender ao chamado da Fao.

O que falta para o país assumir, de vez, este protagonismo e ser o celeiro do mundo? Aumento de produtividade com uso de tecnologia.

Segundo dados da CNA, mais de 70% dos produtores brasileiros são pequenos e têm mais dificuldade de acesso à tecnologia.

Segundo dados da CNA, mais de 70% dos produtores brasileiros são pequenos e têm mais dificuldade de acesso à tecnologia.

É neste cenário que ganha ainda mais relevância o propósito de se associar às startups de agritech para fazer com que estes negócios escalem de forma estruturada. E em conexão direta com o produtor rural e com a agroindústria.

É preciso incentivar startups que resolvam as dores do produtor rural. Precisamos de ideias inovadoras e empreendedores engajados para fazer com que o agronegócio cresça ainda mais e de forma saudável.

Por iniciativa do SISTEMA FAEMG, maior federação de agricultura e pecuária do país que tem em sua base de associados mais de 400 mil produtores rurais, das mais diversas cadeias produtivas, e 380 Sindicatos espalhados pelo estado de Minas Gerais, foram mapeadas as dores que demandam soluções inovadoras.

Começamos a conexão dos produtores rurais de Minas Gerais, que é o Estado que tem a maior diversidade agrícola do país. Após esta validação em terras mineiras, já estamos replicando o processo no país todo.

Como é o caso da Leda, produtora de café de Lambari-MG, que nunca imaginou exportar seu café especial para o exterior e agora, por meio da plataforma digital da Agrorigem – uma das startups do cast da NovoAgro Ventures, vende mensalmente seu café para compradores na Austrália.

Exemplos como o da Leda, que retratam a superação da dificuldade de acesso ao mercado por parte dos pequenos produtores rurais, sinalizam a mudança em curso. Ou seja: utilização de plataformas digitais presentes em nosso portfólio – as quais, além de encurtar o caminho entre vendedores e compradores no Brasil e no exterior, oferecem soluções inovadoras, voltadas para compra coletiva de insumos; controle ambiental; monitoramento e comercialização.

*Léo Dias, CEO da NovoAgro Ventures