A Agência Agropecuária do Paraná fez um alerta para a possível extinção de novos defensivos contra a ferrugem asiática no mercado brasileiro nos próximos meses. Na última semana, a ADAPAR já havia suspendido 67 marcas de produtos usados no combate à doença no estado do Paraná. Dos 91 existentes, sobraram apenas 24 marcas de acordo com o gerente de sanidade da ADAPAR, Marcílio Araujo.
“Essas 24 marcas que ficaram autorizadas na safra que se aproxima foram todas notificadas e vão passar por testes na Embrapa. Se elas ficarem abaixo da média de 50% de eficiência para o controle da ferrugem asiática, elas podem ficar suspensas também”, avisou Araujo.
De acordo com dados do Consórcio Antiferrugem, o Paraná liderou o ranking dos estados com maior incidência da doença na última safra. No total, foram 121 registros no estado. A Associação dos Produtores de Soja e Milho do Paraná criticou a medida da agência agropecuária de retirar defensivos do mercado.
“Não teve a discussão, que é o mais salutar. Às vezes, um princípio ativo que eles não estão mais permitindo que seja comercializado no Paraná sozinho pode ter até 30% de solução, mas se agregado a outro produto ele pode ser benéfico. A linha da vigilância sanitária não está vindo ao encontro do que o produtor precisa. O que nós precisamos é que a gente tenha maior agilidade na liberação de novas moléculas no Brasil para o combate à doença”, enfatiza José Eduardo Sismeiro, presidente da Aprosoja Paraná.