Que a plantação e o cultivo de alimentos são ações fundamentais para a sociedade, disso ninguém duvida. Mais recentemente, surgiu uma nova possibilidade nesse setor: a agricultura urbana.
Considerando uma grande metrópole, como é o caso de várias capitais do país, o nível de abastecimento para que a população seja suprida da maneira ideal é bastante elevado, o que faz com que se busquem sempre novas soluções para essa questão.
Além disso, ao se pensar em quanto tempo uma produção da agricultura rural demora para chegar a esses locais, e o quanto todo esse processo pode encarecer os produtos, a agricultura urbana se torna um projeto de alto potencial.
Como é sabido, muitas pessoas buscam estar mais próximas da natureza, e por isso estão dispostas a investir em jardinagem e paisagismo para os seus imóveis. Isso pode ser estendido até mesmo para a criação de uma pequena horta em casa.
Esse cuidado significa não apenas obter mais qualidade de vida, como também consumir alimentos cada vez mais saudáveis e livres de substâncias nocivas à saúde.
De fato, a agricultura urbana já vem sendo debatida há vários anos, mas foi apenas por volta de 1970 que ela começou a ser estudada e considerada com maior relevância.
Muitas cidades do mundo já aderiram a essa prática e, devido a isso, conseguem conquistar melhores resultados nas suas produções e custos, trazendo vantagens para a população como um todo.
Entender melhor o que é a agricultura urbana e como ela pode contribuir para as grandes cidades é fundamental para que iniciativas desse gênero se espalhem pelas maiores cidades do Brasil e do mundo, e que tragam resultados importantes para esses locais.
Se você se interessa pelo tema, não deixe de seguir na leitura deste conteúdo e saber mais sobre a agricultura urbana e as suas particularidades.
O que é a agricultura urbana?
Para que tenhamos acesso a alimentos e a matérias-primas utilizadas em diferentes tipos de produtos, a agricultura rural se faz sempre necessária. Afinal, é por meio dela que somos abastecidos dos mais diversos tipos de elementos.
No entanto, para que eles possam chegar até o consumidor final, independentemente da localização em que se esteja, é necessária a realização de transporte, além de que isso implica na intermediação de negociações para tal atividade.
A agricultura urbana surge como uma possibilidade de mudar esse cenário, justamente porque oferece uma série de ações para que se possa ter acesso a esses alimentos e matérias-primas de forma mais simplificada, por meio de práticas como:
- O cultivo;
- A produção;
- A criação;
- O processamento;
- A distribuição.
Porém, uma das principais características dessa modalidade de produção é justamente que ela ocorre em perímetro urbano, ou seja, em áreas periféricas (periurbanas) ou interioranas (intraurbanas).
Em geral, a agricultura urbana ocorre em áreas bem menores do que as rurais, como terrenos abandonados nas grandes metrópoles. Antes do cultivo, é importante realizar uma análise de solo completa, entendendo o potencial do plantio naquele espaço.
O termo “agricultura urbana” surgiu justamente para identificar essas plantações que ocorrem em cidades bem desenvolvidas, diferentemente das áreas rurais.
Para aproximar as pessoas dos produtos que elas desejam comprar e consumir, o cultivo deles em áreas apropriadas para tal, pode ser uma solução que traz benefícios dos mais diversos gêneros.
Dado o seu limite de espaço, o volume das plantações é menor, e por isso é responsável apenas pelo abastecimento local.
Além disso, existem leis que regulamentam a sua existência, de modo que para começar a cultivar em uma área é necessário atender aos requisitos legais, que podem ir desde uma topografia terreno até a mensuração de impactos trazidos por essa plantação.
Quais os benefícios da agricultura urbana?
Como não poderia deixar de ser, a agricultura urbana é capaz de trazer diversos benefícios para os centros urbanos e para as pessoas que neles habitam. Conheça alguns deles a seguir.
1 – Redução do desperdício de alimentos
Quando se pensa no longo caminho que um produto percorre ao sair de regiões rurais até chegar nos grandes centros, é possível imaginar que muitos deles se estragam pelo caminho.
O uso de agrotóxicos para a conservação desses itens os torna menos saudáveis e, quando há a preocupação de cultivar produtos orgânicos, os índices de perdas aumentam consideravelmente.
Quem decide fazer a sua própria horta em casa procura utilizar produtos mais naturais, como um fertilizante mineral complexo, de maneira a manter a qualidade da sua produção.
Com a agricultura urbana, isso tende a ser mais simples e diminui o uso de agrotóxicos, pois o acesso aos alimentos é mais rápido e simplificado.
Isso faz com que a agricultura urbana tenha um alto impacto na redução de desperdício de produtos, tornando-a completamente viável para diversas cidades.
2 – Acesso facilitado a alimentos naturais
Com a correria do dia a dia, é comum que as pessoas acabem deixando de lado hábitos como o de comprar frutas e legumes, já que eles demandam mais tempo para serem preparados e consumidos.
Nesse caso, os alimentos industrializados se mantêm como a base das refeições de muitas famílias, o que não é o indicado pela sua composição pouco nutritiva.
Ao ter maior facilidade de adquirir produtos naturais e com valores mais econômicos, a tendência é que as pessoas passem a consumir mais esse tipo de produto do que os industrializados.
3 – Contato com a natureza
Quem investe em manutenção de jardim na própria casa está buscando não apenas o embelezamento do imóvel, mas também ter um maior contato com a natureza.
Como a agricultura urbana está ligada a presença de terrenos que comportem o plantio de diferentes espécies, é possível que se tenha maior contato com a natureza, além de desfrutar de uma maior qualidade do ar.
4 – Revitalização de terrenos e beleza estética
As grandes metrópoles nem sempre são locais belos de se ver ou de morar. No entanto, a agricultura urbana vem como um meio de mudar esse cenário, ampliando a quantidade de áreas revitalizadas nessas cidades.
Isso também facilita no embelezamento estético desses locais, resolvendo, inclusive, problemas ambientais, como os alagamentos e o equilíbrio da flora da região.
Esses são apenas alguns dos benefícios que a agricultura urbana apresenta, o que faz com que ela seja cada vez mais considerada para trazer qualidade de vida para as pessoas que residem nos centros urbanos.
Agricultura urbana x agricultura rural
Existem diferentes práticas entre a agricultura urbana e a rural, que fazem com que elas sejam mais facilmente identificadas.
Na agricultura rural, é comum que esse seja o meio de subsistência principal das famílias que ali residem, de forma que elas se dedicam de maneira exclusiva para essa atividade. Enquanto isso, a urbana costuma ser secundária, de envolvimento médio.
O cultivo em áreas rurais costuma ser específico e diferenciado, e abrange grande parte do espaço. Nas cidades, isso não se aplica, uma vez que se depende da existência de terrenos apropriados para o plantio, que em muitos casos possuem limitações de tamanho.
A agricultura rural também costuma utilizar a semente de braquiarão, por exemplo, por envolver a pecuária entre as suas principais frentes de ação. Nas grandes cidades é possível encontrar a plantação de vegetais, sendo inviável a criação de animais.
Por fim, vale mencionar também que a distância entre a região rural e o centro nem sempre viabiliza a compra de grandes quantidades de produto, o que pode encarecer os alimentos até que eles cheguem ao consumidor final.
Tal como uma empresa de entrega de encomendas cobra fretes menores para o envio de mercadorias em um trajeto mais curto, a agricultura urbana faz com que os preços de compra dos produtos e o tempo de consumo deles se tornem mais interessantes.
Mesmo que existam diferenças significativas entre esses dois tipos de agricultura, ambas são de grande relevância para a sociedade, e precisam ser incentivadas para que se tenha acesso a matérias-primas e alimentos variados.
A importância da agricultura urbana
Como não poderia deixar de ser, a agricultura urbana se torna importante também em outros aspectos, como a arquitetura e urbanismo de uma cidade e para o meio ambiente em geral.
Isso porque ela devolve parte da natureza para locais onde esta havia sido devastada, seja pela a construção de edificações ou pela falta de estrutura para se manter em desenvolvimento.
Além de trazer maior beleza e garantir que áreas verdes possam voltar a fazer parte da arquitetura de uma cidade, a agricultura urbana ainda contribui para a qualidade do ar, para a manutenção das espécies e para a presença da natureza na vida das pessoas.
De fato, assim como um hidrante de parede deve estar devidamente instalado em áreas comerciais, a agricultura urbana traz para perto das pessoas o acesso a uma alimentação mais saudável, sem a qual se perde grande parte da saúde.
Por isso, esse tipo de atividade deve ser incentivado nas mais diversas cidades do país, e pode ser uma solução para que se tenha um acesso facilitado ao meio ambiente e à natureza.
Esse texto foi originalmente desenvolvido pela equipe do blog Guia de Investimento, onde você pode encontrar centenas de conteúdos informativos sobre diversos segmentos.
Fonte: Por Isabella EndieI