É possível calcular o resultado do aprendizado? Não necessariamente. Mas é possível registrar números que revelam a abrangência resultante do trabalho promovido por projetos que amplificam o acesso ao aprendizado. O Programa Agrinho, em sua 8ª edição, é um exemplo deste tipo de projeto que soma números que revelam o alcance das ferramentas que promovem o aprendizado. Nesses oito anos de atuação foram, ao todo, 240 municípios atingidos, onde cerca de 20 mil professores multiplicadores desenvolveram atividades educativas com mais 600 mil alunos, em todo o estado.
Dando continuidade a rodada de capacitação do programa para esse ano, o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural em Goiás (Senar Goiás) realizou, na última terça-feira (07), um dia de palestras e apresentações sobre o programa à terceira turma da capacitação de professores multiplicadores. Ao todo mais de 130 professores comparecem ao evento realizado na sede do Senar Goiás, em Goiânia. O presidente do Sistema Faeg, José Mário Schreiner, agradeceu e ressaltou a importância da presença dos professores. “Apesar de todos os perrengues pelos quais o Brasil está passando, não podemos perder a esperança, pois ainda existem pessoas como vocês nas quais podemos acreditar. O número de pessoas que envergonham esse país mal passa de um por cento, os outros 99% são pessoas trabalhadoras e comprometidas”, acrescentou.
Explanando sobre a estrutura, funcionamento e desdobramentos do Senar Goiás, Flávio Henrique, gestor do departamento técnico do Senar Goiás, apresentou aos professores as diversas atividades e cursos desenvolvidos pelo Sistema Faeg, bem como os vários programas e projetos existentes. Sobre o Agrinho, Flávio disse: “A premiação é apenas um detalhe de todo o trabalho desenvolvido pelos professores, pois o verdadeiro resultado acontece na vida da criança e de seus familiares”.
“A palavra incentiva, o exemplo arrasta”, foram com estas palavras que o superintendente de Ensino Fundamental da Seduci, Thales Mazoncanti, ressaltou a importância do exemplo como ferramenta fundamental no processo de educação infantil. “Eu fico muito satisfeito e agradeço à Faeg e o Senar Goiás por levar esse programa para as nossas crianças, pois com ele temos a oportunidade de lidar com uma das ferramentas mais poderosas de propagação do conhecimento: o exemplo.
Nós, como professores, somos espelhos para os alunos”, disse.cursos desenvolvidos pelo Sistema Faeg, bem como os vários programas e projetos existentes. Sobre o Agrinho, Flávio disse: “A premiação é apenas um detalhe de todo o trabalho desenvolvido pelos professores, pois o verdadeiro resultado acontece na vida da criança e de seus familiares”.
Importância das parcerias
Representando a Secretaria Municipal de Educação de Pilar de Goiás, a professora Shirley Ferreira participa pela primeira vez do programa e acha de vital importância a realização de parcerias que possibilitem uma metodologia diferenciada em relação à criança, pois, além da educação, a escola trabalha com a formação de personalidade do indivíduo e as formas de atuação influem sobre isso.
Segundo a coordenadora do Agrinho, Fátima Araújo, entre as novidades para esse ano está a questão da certificação dos professores que, a partir de agora, será computada ao longo de todo o desenvolvimento das atividades; o professor multiplicador, o que vem até Goiânia, receberá um certificado de 140 horas, considerando o período de tempo para execução do projeto, e o professor multiplicado, aquele que fica no município, recebe uma certificação de 120 horas.
“A parceria com o governo do Estado, por meio da Superintendência de Ensino Fundamental, fez a diferença esse ano, pois agora os professores podem vir a Goiânia, para a capacitação, sem que haja perda da bonificação referente aos programas de governo”, acrescentou Fátima.
Um olhar sobre a inovação
Para estimular os professores multiplicadores do Agrinho a levar, de forma inovadora e entusiasta, às suas escolas, o conhecimento adquirido durante a capacitação, a consultora em educação, Michele Santos, trouxe aos professores diversas técnicas, práticas e exemplos que podem ser aplicados, tanto em sala de aula quanto na escola como um todo, para promover a inovação. A palestra “Professor Empreendedor” é também o nome dado a essa forma de atuar de maneira inovadora. Em si, segundo Michele, ser professor empreendedor é fazer diferente aquilo que os outros fazem igual.
Para a consultora, a proposta do Agrinho já é, por si só, empreendedora e o que se precisa, a partir disso, é descobrir e revelar nos professores, por meio da capacitação, algumas dessas características empreendedoras que os torna diferentes. “Trabalhar um tema transversal já é uma proposta muito particular do professor, enquanto líder da sala de aula, então ele deve, de alguma forma, ser sim empreendedor para que perceba que isso elevará o aluno a uma condição melhor e diferente”, disse.
Por: Douglas Freitas