O aumento recorrente na tarifa de energia tem gerado uma grande procura por fontes alternativas, e o setor rural vem aumentando a demanda por esse tipo de energia, que além de ser mais barata, é sustentável e limpa. Segundo levantamento feito pelo Canal Solar com alguns importantes players do mercado, o setor do agronegócio brasileiro se destaca no quesito energia solar. Atualmente a procura por esse tipo de energia chega a ser de 200% quando comparada aos anos anteriores, e isso se dá graças as novas taxas do uso de GD (geração distribuída) no país.
“O agronegócio brasileiro é o setor que mais cresce no país e a tecnologia da energia solar fotovoltaica chega para agregar valor à produção e reduzir custos, aumentando assim a competitividade”, afirma Javier Reclusa, CEO da STI Norland, uma das líderes globais na fabricação e instalação de trackers, utilizados nas usinas de energia solar.
Segundo pesquisa realizada pela Aneel e Absolar, em 2021, o agronegócio já abrangia pouco mais de 13% da potência de energia solar instalada no país e ultrapassou R$1,7 bilhão de investimento em 2020. “O sistema de irrigação e produção de leite são atividades com alto consumo de energia elétrica. Uma excelente oportunidade da energia solar estar cada vez mais presente no campo”, concluiu Reclusa.
O aumento na demanda pela energia solar ganhou ainda mais impulso após o ajuste regulatório sancionado em janeiro, que assegura até 2045 o direito de compensação total da tarifa de energia a quem conectar plantas à rede distribuidora até o fim de 2022, fazendo com que as taxas pelo uso da rede de distribuição não sejam pagas por quem gera a sua própria energia.
Fonte: Ana Carolina Reis