Alta do índice dólar deixa rali das commodities mais seletivo

Produtos agrícolas, em especial, parecem ter chegado ao fim de um ciclo positivo, com desvalorização entre especuladores e previsões pessimistas — confira análise da hEDGEpoint

O aumento da aversão ao risco, juntamente aos bancos centrais brasileiro e americano (Fed e BC) dispostos a continuar subindo juros, restringe o atual “rali” das commodities àquelas de equilíbrio entre oferta e demanda, avalia a hEDGEpoint Global Markets em relatório divulgado na segunda-feira (16).

“O otimismo do mercado está ficando mais fraco à medida que o crescimento das economias é danificado pela alta dos juros. Como resultado, os especuladores deverão repensar suas apostas nas commodities”, afirma o analista de Grãos e Energia da empresa, Heitor Paiva, destacando os produtos agrícolas e energéticos.

Em relação ao mercado de metais, segundo a análise, espera-se que a China demande menores volumes, em função de mudanças significativas em seu padrão de crescimento. Portanto, essas commodities devem sofrer menos os efeitos da conjuntura econômica, de acordo com Paiva.

A hEDGEpoint prevê que o dólar americano continuará valorizado, com a persistência da inflação e condições financeiras mais restritas, segundo o relatório. “Em nossa opinião, o atual rali destes ativos deverá se tornar mais restrito”, afirma o especialista. “Apesar de não estarmos esperando uma queda maciça dos preços das commodities, é importante ressaltar que este mercado atualmente tem grandes vulnerabilidades que não podem ser desconsideradas”, acrescenta.

Fonte: Conteúdo Comunicação