SOJA
Exportações norte-americanas. As vendas líquidas atingiram o menor número do ano de comercialização, de acordo com o USDA. Isso vem acontecendo, principalmente, pela baixa demanda da China. Além disso, a soja norte-americana ainda apresenta custo superior em relação a outros países, até o momento. Com a queda nas cotações de Chicago, essa condição deve ser amenizada. No entanto, os custos logísticos devido aos conflitos ainda persistem, continuando a impactar significativamente o preço final da oleaginosa.
Argentina em foco. A previsão de colheita de soja foi revisada para 52 milhões de toneladas pela Bolsa de Cereais. A plantação, que já foi concluída no país, apresenta um número potencialmente significativo, mais que o dobro da produção anterior, considerando a última safra. No entanto, essa previsão é recebida com cautela devido à expectativa de calor extremo nesta semana, uma fase crucial para o desenvolvimento dos grãos.
Exportações no radar. De acordo com a Secex, as exportações brasileiras de soja atingiram 2,6 milhões de toneladas, superando mais que o triplo do volume exportado em janeiro do ano anterior, que foi de aproximadamente 800 mil toneladas. Esses números estabelecem um novo recorde para o mês, ultrapassando o recorde anterior de 2,5 milhões de toneladas em 2022. É altamente provável que essas exportações estejam relacionadas às transações comerciais do ano passado, ocorridas antes da queda nos preços.
Ponderando os eventos mencionados anteriormente, é possível que a soja em Chicago tenha mais uma semana negativa, com mercado físico brasileiro seguindo a mesma direção.
MILHO
Relatório oferta e demanda mundial. Espera-se pouca alteração nos números. Possivelmente, manterá a expectativa de produção do Brasil. Já na Argentina, poderá trazer aumento na oferta do cereal. Para o milho norte-americano, poderá trazer ajustes na oferta e demanda.
O ritmo de exportações continuará aquecido? Sazonalmente, o ritmo de exportação deverá cair nos próximos meses, e começar a retornar apenas no segundo trimestre. Nesse meio tempo, o mercado interno será o grande responsável pela demanda do cereal e movimentação das cotações.
A janela de exportação poderá se antecipar. Com a possível diminuição de área da safrinha 2024 a janela de exportação poderá se antecipar. Considerando a demanda global, os países compradores buscarão assegurar a aquisição do cereal para reforçar seus estoques de forma mais antecipada. Se a Argentina conseguir colher uma safra significativa, os compradores terão uma opção adicional.
Plantio da safrinha 2024. O ritmo de plantio poderá se aquecer nas próximas semanas, diante da evolução da colheita de soja em várias regiões. Até o momento, o cereal vem sendo plantado em uma janela considerada ideal, onde o risco climático é amenizado.
Fonte: Andressa Tavares