Confira a nova análise do Especialista de Mercado da Grão Direto sobre às cotações da Bolsa de Chicago e os preços praticados no mercado para SOJA, MILHO e SORGO.
SOJA – O MERCADO NA ÚLTIMA SEMANA
A semana passada começou com mercado financeiro ainda temeroso com a nova cepa do Covid-19, impulsionando a queda das cotações de soja, caindo quase 3%.
Porém, após o surgimento de notícias sobre estudos para a fabricação de vacina com a intenção de controlar a nova cepa, o mercado reagiu positivamente, revertendo a queda, e fechando a semana no campo positivo valendo $12,69 dólares por bushel (+1,3%). Além disso, os derivados de soja, com destaque para o farelo, subiram quase 5%, contribuindo para a alta da Bolsa de Chicago.
O dólar também teve uma semana de alta, fechando com ganhos de +1,4%, sendo cotado a R$ 5,68 no final da sexta-feira (03/12). Um dos fatores que impulsionaram a alta no Brasil, foi a aprovação da PEC dos Precatórios no Senado, com a finalidade de fomentar programas assistenciais do governo.
No exterior, o destaque foi o relatório de emprego dos Estados Unidos, que após a criação de 210 mil novos postos de trabalho, apresentou um recuou para 4,2% na taxa de desemprego do mês de novembro. Com a alta do dólar e da Bolsa de Chicago, as cotações da soja brasileira disponível em 2022, acompanharam o crescimento.
O QUE ESPERAR DO MERCADO PARA ESSA SEMANA
Esta semana, possivelmente será marcada por bastante volatilidade nos preços, diante de dados econômicos importantes. No dia 7 e 8/12, haverá uma reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central para deliberar sobre a taxa básica de juros. A expectativa é de ter novamente um acréscimo de 1,50 ponto porcentual. Com a alta da taxa de juros, o dólar tem a possibilidade de ser pressionado para a queda, por tornar o Brasil mais atrativo para os investidores estrangeiros, fortalecendo a moeda brasileira.
Além disso, haverá na quinta-feira (09/12), às 13 horas, a divulgação do Relatório de Oferta e Demanda Mundial dos EUA (WASDE), e caso ele traga informações sobre a redução de oferta e de estoque, a Bolsa de Chicago tende a ser pressionado para a alta. No cenário de baixa do dólar e alta da Bolsa de Chicago, há possibilidade de equilíbrio nas cotações, que poderá ser rompido caso algum deles sofra variação, diante dos dados econômicos.
MILHO – O MERCADO NA ÚLTIMA SEMANA
Na semana anterior, as cotações do mercado físico tiveram uma leve alta. Boletins climáticos sinalizaram no sul do país uma possível continuidade da estiagem nos próximos dias, causando preocupações aos produtores e ao mercado em geral.
Com isso, aqueles que possuem milho em estoque estão preferindo aguardar, a fim de conseguir preços melhores. De acordo com a Secretária de Comércio Exterior (Secex), para equilibrar o preço e manter a oferta, o país vem importando um volume considerável de milho, resultando em um acréscimo de 196,8% no mês de novembro/2021, se comparado ao mesmo mês do ano anterior.
Logo na exportação, o volume no mês de novembro de 2021, representa apenas 50,7% do que foi exportado durante todo o mês de novembro de 2020, ou seja, caiu pela metade. Isso mostra que a paridade de exportação ainda está desfavorável, e o consumo interno está bastante aquecido. Por falar em exportação, a Bolsa de Chicago (CBOT), finalizou a semana em estabilidade, encerrando a $5,86 dólares por bushel. Considerando esse cenário, a exportação se torna menos interessante, diante das cotações do milho no mercado interno.
O QUE ESPERAR DO MERCADO PARA ESSA SEMANA
Para esta semana, as cotações no mercado interno poderão continuar com valorização, sendo movimentado principalmente pelas demandas internas, em contrapartida poderá haver uma pressão de venda, com intenção de liberar espaço nos armazéns para a próxima safra.
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