Avanços tecnológicos no Meio-Norte

A presença da Embrapa há 40 anos na região Meio-Norte ( a Unidade foi criada em 13.06.1975 ), mudou o meio rural com grandes avanços tecnológicos. Tanto no Piauí como no Maranhão, importantes culturas, como soja, arroz, milho, algodão e feijão-caupi ganharam espaço, principalmente no Bioma Cerrado, onde houve uma verdadeira revolução, colocando os dois estados em destaque na produção agrícola do País.

O impacto das tecnologias geradas ou adaptadas pelaEmbrapa na região mexeu com a vida da agricultura familiar e do agronegócio. A produtividade média do milho, entre os pequenos agricultores, por exemplo, subiu mais de 200%, passando de 600 quilos por hectare para quase duas toneladas por hectare. Nas grandes propriedades, o salto foi maior: a média de produtividade chega a mais de oito toneladas por hectare.

A produtividade média de algodão em caroço saiu de 800 quilos por hectare para quatro toneladas por hectare, consolidando a cultura na região. O excelente padrão de qualidade dos grãos de arroz, no Piauí, é tido como o maior impacto no melhoramento genético do produto nos últimos 10 anos. Vinte e quatro cultivares melhoradas de arroz já foram introduzidas no Meio-Norte.

Com a tecnologia, a produção de soja teve um grande avanço nos últimos 10 anos. A produtividade média saiu de pouco mais de uma tonelada por hectare para quase três  toneladas por hectare. O feijão-caupi foi outra vitória da revolução tecnológica que chegou ao campo no Meio-Norte nos últimos anos. A cultivar Guariba, desenvolvida pela Unidade, responde por 85% das exportações brasileiras de feijão. A maior produção se concentra no Mato Grosso.

Mas a grande decolagem está acontecendo com o Projeto Alimentos Biofortificados, na versão transferência de tecnologias. As ações avançam e beneficiam milhares de famílias em 11 estados e no Distrito Federal. No Piauí, 2.695 famílias de pequenos agricultores, em 45 municípios, estão sendo beneficiadas. No Maranhão, cerca de mil famílias, em seis municípios, adotaram o projeto.

As ações são desenvolvidas também em Pernambuco, Bahia, Sergipe, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul e Goiás. Por meio de unidades de multiplicação de material propagativo de batata-doce, mandioca, feijão-caupi e milho, ricos em ferro, zinco e betacaroteno, o Projeto Alimentos Biofortificados vem mudando também a vida de estudantes das escolas agrotécnicas, da Família-Agrícola, instituições sociais e de centros terapêuticos.

Fernando sinimbu (654 MTb/PI)
Meio-Norte