Turra está otimista quanto à liberação gradual do fluxo de veículos que não aderiram ao movimento de paralisação. Ele participou nesta quarta-feira (25) da negociação entre governo e representações dos caminhoneiros, que bloqueiam estradas desde a semana passada.
Ele acrescentou que a expectativa é que os caminhoneiros aceitem a proposta do governo para, posteriormente, negociarem outros pontos. “Falta centralização nas negociações, mas cremos que, conforme ocorra o aceite das propostas por cada sindicato, gradualmente os bloqueios se encerrarão. Contudo, não poderá o governo, com isto, retirar nenhum item da pauta de negociação com os caminhoneiros”, informou.
A avicultura e a suinocultura contabilizam fortes prejuízos com a greve. Mais de 60 plantas frigoríficas apresentam redução da produção ou paralisação total. Pequenas e grandes empresas foram prejudicadas. Contratos de exportação começam a ser postergados. Na região de Toledo (Oeste), 900 mil pintinhos precisaram ser descartados, além de outros 750 mil na região Sudoeste, por causa das paralisações no transporte das aves e de rações. Se a greve continuar as chocadeiras precisarão ser desligadas, indica o setor.
“Trabalhamos durante décadas para a construção da imagem da cadeia produtiva como sustentável, pautado pela qualidade, sanidade e preservação do bem-estar animal. Agora, circulam imagens que prejudicam gravemente este trabalho, em uma situação que não foi gerada pelo setor”, lamentou.