Cerca de 7.000 anos atrás, as bananas não eram as frutas carnudas e sem sementes que conhecemos hoje
As pessoas gostam de saber de onde vem sua comida, mas até os especialistas desistem quando se trata das origens da banana moderna. Uma extensa análise genética de mais de 100 variedades de bananas selvagens e cultivadas revela a complicada história de domesticação da fruta e revela a existência de três ancestrais anteriormente desconhecidos e possivelmente ainda vivos. Especialistas em banana querem rastrear esses ancestrais misteriosos para ver se seus genes podem ajudar a manter as plantações de banana modernas saudáveis.
“A domesticação da banana é muito mais complicada do que eu imaginava”, diz Loren Rieseberg, biólogo evolucionário da Universidade de British Columbia, Vancouver, que não participou do estudo.
Cerca de 7.000 anos atrás, as bananas não eram as frutas carnudas e sem sementes que conhecemos hoje. A polpa estava cheia de sementes pretas e quase não comestíveis. Em vez disso, as pessoas comiam as flores da bananeira ou seus tubérculos subterrâneos. Eles também extraíram fibras do caule em forma de tronco para fazer cordas e roupas. As bananeiras naquela época estavam “muito longe das bananas que vemos nos campos das pessoas hoje”, diz Julie Sardos, cientista de recursos genéticos da Alliance of Bioversity International, que armazena variedades de banana.
O campo continua cheio de possibilidades, já que os pesquisadores desse estudo esperam visitar pequenas fazendas e outros locais nas terras ancestrais das bananas para ver se encontram descendentes mais modernos. Eles também podem produzir estoque resistente a doenças que pode ser cruzado com bananas comerciais. “Há muita diversidade de banana não amostrada”, diz.
Fonte: AGROLINK -Leonardo Gottems