Nova edição do estudo analisou 1,9 milhões de animais confinados para identificar hábitos de sucesso dos produtores brasileiros
Reforçando seu compromisso com a pecuária de corte, que tem papel de destaque no agronegócio e no cenário nacional, a Cargill acaba de lançar a 7ª edição do Benchmarking Confinamento Probeef. A iniciativa traz informações, insights e análises direcionados aos produtores que desejam obter os melhores resultados zootécnicos e econômicos do mercado.
Desde 2016 foram analisadas mais de 4,73 milhões de cabeças de gado e 43 mil lotes, que resultaram em mais de 887 milhões de quilos de carne vendidos. A edição 2022 contou com a participação de mais de 270 clientes, superando 5,6 milhões de toneladas de dieta que contribuíram para a produção de 36 milhões de arrobas. A estimativa do levantamento da Cargill é 53 milhões de pessoas foram alimentadas com a soma destes rebanhos.
O crescimento do confinamento como tecnologia tem se tornado cada vez mais relevante no País, permitindo o aumento da produtividade e a otimização dos recursos para a produção nas fazendas. Hoje, estima-se que entre 15% e 20% de toda a carne bovina produzida no Brasil passe pelos confinamentos. A grande demanda, tanto do mercado interno quanto das exportações, exige que os pecuaristas melhorem seus índices de produtividade.
O estudo traz, mais uma vez, um raio x único do setor, contemplando indicadores como peso de entrada, ganho de peso diário, peso de carcaça e eficiência biológica. Cada confinador cliente da Nutron pode se comparar com a média geral dos participantes e definir um plano de melhoria para continuar avançando nos índices. No rebanho com mais de 1,9 milhão de cabeças de gado analisado, 89% dos animais são machos, contemplando as raças Nelore (56,6%), Anelorado (13,1%) e Angus (3%), além de cruzamentos leiteiro (8,6%) e industrial (8,6%).
O ganho de peso diário e ganho diário de carcaça foi de 1,547 kg de ganho de peso e 1,050 de ganho de carcaça. Já a eficiência biológica e conversão alimentar alcançaram 149,9 kg/MS@ e 6,78 kg/kg, respectivamente.
“Os produtores brasileiros vêm enfrentando mais desafios do que nunca. Aumento de produtividade média, pressão sobre áreas de pastagem e crescimento nos custos das dietas dos rebanhos fazem parte do dia a dia de quem trabalha com ativos altamente valorizados, mas que precisa buscar alternativas para gerenciá-los de forma assertiva. É por essa razão que o Benchmarking Confinamento é tão valioso, exatamente por oferecer dados e informações de qualidade para apoiar melhorias contínuas, agregando na estratégica e em ações táticas e operacionais”, destaca Luciano Morgan, consultor nacional de Bovinos de Corte Cargill.
Quanto à operação de confinamento como um todo, 58,42% dos protutores utilizaram o manejo de cocho convencional. Já o indicador de tempo de adaptação aponta que, para 65,26% dos criadores, esse índice foi de 21 dias. Em relação ao número de tratos diários, 70% realizaram 4 por dia e 89,74% não utiliza dieta sem volumoso. Sobre as tecnologias usadas na operação, 96% usaram software confinamento; 52%, rastreabilidade individual; 43%, automação de trato; 34%, análise de dados e consultoria; 26%, ERP – software de gestão empresarial –; 23%, estação meteorológica e 19%, software pasto. E, no que diz respeito à saúde do animal, 68,42% utilizaram a vacinação na prevenção de doenças respiratórias.
Com tanta riqueza de informação, Luciano Morgan reforça o convite para que todos os pecuaristas aproveitem o levantamento, envolvendo suas equipes e incentivando-as para que discutam tendências e tracem melhorias, visando mitigar riscos e gerar oportunidades. “O estudo que preparamos na Cargill parte de um diferencial muito importante: a qualidade e o profissionalismo dos dados. Esperamos que esse trabalho agregue no dia a dia do produtor e proporcione a oportunidade de comparar seus indicadores com a média geral de uma base altamente qualificada, que poderá apoiar seu crescimento e a adoção das melhores práticas e estratégias para alcançar resultados cada vez mais satisfatórios”, conclui.
Perspectivas para 2023
A respeito da percepção dos pequenos, médios e grandes produtores de todas as regiões brasileiras para este ano, 28,95% têm expectativas melhores; já 22,63% mantêm as expectativas iguais às do ano passado.
Comparando as regiões do Brasil, 42,8% dos produtores no Nordeste têm expectativas melhores para 2023, seguidos pela região Sul (33,3%) e região Sudeste (32,3%). Já na Bolívia e no Paraguai o otimismo prevalece com 77,8% e 71,4%, respectivamente, indicando expectativas melhores.
Fonte: Felipe Lopes Fonseca