Pesquisa indica maior produtividade de confinamentos no Brasil e a cooperativa tem evoluído cada vez mais para atender os pecuaristas.
COPLACANA é responsável pelo primeiro Boitel cooperativista do país.
Levantamento realizado pela Cargill apurou que o confinamento de gado no Brasil tem ganho mais eficiência nos últimos anos. O levantamento apresenta melhora dos rebanhos terminados em confinamento mostrando melhora no desempenho desses animais se comparados ao mesmo período do ano passado, principalmente em relação ao rendimento médio a partir do momento em que os animais começaram a engordar no cocho, mas também ao peso final da carcaça do animal.
O peso médio da carcaça, por exemplo, é de 20,77 arrobas, 8,87% superior ao último levantamento de 2017. Em relatório, a Cargill citou dados da 6ª edição do Benchmarking Confinement Probeef, divulgando que a produção média por animal atingiu 8,1%, aumento de 3,85%. O estudo analisou 120 confinamentos, ou 1,1 milhão de cabeças, entre raças nelore, ring e angus, além de híbridos leiteiros e industriais. Comparado ao levantamento anterior, esse número aumentou 80%. Os resultados vão ao encontro do que constatamos dentro do boitel da COPLACANA, onde as médias gerais de GPD (ganho de peso diário) têm aumentado gradativamente.
Segundo Isabella Vergili, supervisora de confinamento do boitel da COPLACANA, a eficiência na engorda do gado tem relação direta com o fato de o produtor estar mais empenhado em manter o alto nível de qualidade de seu rebanho. Por isso, nos últimos anos, o que se tem observado é um maior investimento na genética do gado, desenvolvendo lotes com mais padrão racial. “Esse fato, quando associado a uma dieta bem elaborada e um bom controle sanitário, resulta em maior ganho de peso diária, justificando assim a engorda mais rápida”.
A tecnologia tem sido uma grande aliada nesse ganho de eficiência dos confinamentos. Atualmente, o boitel da COPLACANA está em fase final de implementação de balanças de pesagem em 80% de sua estrutura. O projeto é desenvolvido em parceria com a Tech e envia todas as informações de pesagem para o software BeefTrader – plataforma de inteligência de mercado criada pela empresa com o objetivo de ajudar os produtores e a indústria na tomada de decisão.
A plataforma disponibiliza informações diárias para o cooperado como: dias de cocho, animal acumulando maior lucro, animal com ganho de peso acima ou abaixo do lote, ganho de peso diário individual ou em média do lote, lucro acumulado, consumo em % de peso vivo, conversão alimentar e ingestão de água de cada animal.
“Todas essas informações ficarão à disposição do cooperado por meio de aplicativo de celular, facilitando a tomada de decisão daqueles que estão em regiões mais distantes e os que não conseguem acompanhar seu lote de forma frequente”, explica Isabella.
A tecnologia empregada no boitel da COPLACANA permite ainda identificar facilmente o chamado “boi ladrão”, nome dado ao animal que está consumindo a dieta tanto quanto aos outros animais do lote, porém, não consegue fazer a conversão do alimento em carcaça, ou ganho real de peso. “Com essa informação, o cooperado pode avaliar com mais assertividade a possibilidade de retornar esse animal para o pasto, visto que no boitel ele irá continuar pagando pela diária e o animal não vai ter acabamento o suficiente”, relata a supervisora.
O confinamento da COPLACANA foi criado justamente para acompanhar a tendência de grandes empresas como JBS, Marfrig e BRF de criar essas estruturas para melhorar a eficiência de suas criações. Fábio Veloso, diretor de operação da cooperativa, lembra que no início das atividades de nosso boitel, a média de engorda por animal era de 1,1 kg por dia e hoje a engorda está na média de 1,8 kg/dia.
“Esse resultado se dá não apenas pelo controle de pesagem em si, mas pelo fato de que são mantidos no confinamento apenas com melhor performance, isso faz com que nossos cooperados tenham maior benefício e melhores resultados quando mantêm seus animais em nosso boitel”, explica Veloso.
Fonte: Bianca Custodia