A BP Bunge Bioenergia, uma das líderes brasileiras em etanol, açúcar e bioeletricidade, encerrou a safra 23/24 com registro de avanço em seus principais indicadores. O balanço do período evidencia um crescimento de 7% em receita líquida frente à safra 22/23, e de 39% em relação à safra inicial (20/21), totalizando R$ 8,4 bilhões. Além disso, o valor consolidado dos investimentos realizados pela empresa desde o início de suas operações somou R$ 7 bilhões.
Entre tais investimentos está o projeto de expansão da usina Pedro Afonso, no Tocantins, estimado em cerca de R$530 milhões. A iniciativa fortalece a já robusta estrutura operacional da companhia, formada por 11 unidades agroindustriais instaladas em cinco estados (TO, GO, MG, MS e SP). A expansão, cujas obras começam em outubro de 2024, com finalização em julho de 2026, deve aumentar em 800 mil toneladas a capacidade de moagem de cana-de-açúcar da unidade tocantinense, passando de 2,6 para 3,4 milhões de toneladas de cana processada a cada safra, um aumento de 30%. Com isso, a capacidade de moagem geral da companhia, já considerada uma das maiores do setor, passa dos atuais 32,4 milhões para 33,2 milhões de toneladas.
“Na safra 23/24 alcançamos um avanço de 14% no indicador de moagem, chegando a 28,6 milhões de toneladas, um número recorde desde a primeira safra e que está bem próximo da nossa capacidade atual. Por isso esse investimento em Pedro Afonso é tão significativo, pois nos permite ampliar a capacidade produtiva, sustentando nossos objetivos de crescimento”, explica Geovane Consul, CEO da BP Bunge Bioenergia.
Agrícola: ampliação de canavial e adoção de tecnologias ainda mais sustentáveis
Os investimentos previstos para a expansão da usina Pedro Afonso estão sendo direcionados para diferentes frentes. Na área agrícola um dos destaques é o plantio de 6 mil novos hectares de cana, o que amplia em 20% a área de hectares plantados da unidade, chegando a 34.760. Além disso, está prevista a instalação de cerca de 20 novos pivôs voltados à irrigação que serão operacionalizados com o apoio de energia renovável gerada pela própria usina ― que também terá seu potencial ampliado nesse sentido.
Vale mencionar, ainda, a inauguração de um sistema de carregamento e aplicação de vinhaça localizada para fertirrigação do canavial, uma prática sustentável de gestão do campo já utilizada com sucesso pela BP Bunge em outras unidades, fortalecendo assim a posição da empresa como referência em agricultura regenerativa no setor sucroenergético. A área total atendida por esta nova operação envolvendo a vinhaça localizada na usina será de cerca de 15 mil hectares.
“Hoje, dos 450 mil hectares sob gestão da companhia, 86% já contam com a utilização de vinhaça na fertirrigação, um processo capaz de aumentar a longevidade e produtividade dos canaviais, além de diminuir o uso de água na irrigação. Temos uma meta de expandir esse indicador para 96% e o projeto de Pedro Afonso atende aos nossos planos nesse sentido”, comenta o CEO.
Indústria: automatização e potencialização da capacidade produtiva
Já no que se refere às mudanças na operação industrial, o destaque fica para a implementação das mais recentes tecnologias que proporcionarão, além do aumento de moagem, um incremento na capacidade de cogeração de energia. Com isso, a unidade passará a ter condições de gerar 185 GWh/ano de energia limpa, um volume adicional de 25 mil GWh que é capaz de iluminar uma cidade de cerca de 10 mil habitantes/ano.
Além disso, com todas as inovações previstas no projeto de expansão, há ainda a projeção de um aumento da capacidade de produção de etanol na unidade, que passa de 200 milhões de litros para 280 milhões de litros por safra, um crescimento significativo de 40% que deve colaborar para que a empresa siga crescendo nos próximos anos nos indicadores gerais de produção deste biocombustível. Na última safra, por exemplo, o avanço nesse sentido foi de 15% em relação a 22/23, com 1,4 bilhões de litros produzidos.
“Aumentar a capacidade de produção, tanto de energia renovável quanto de etanol, além de nos levar a avanços em termos de competitividade e solidez nos negócios também nos mantém fiéis aos nossos objetivos de crescimento sustentável. Reconhecemos os desafios globais da transição energética e temos consciência de que desempenhamos um papel importante neste cenário, por isso, contribuir com essa agenda da descarbonização da economia é uma prioridade e temos buscado formas de ampliar cada vez mais nossa relevância”, diz Geovane Consul.
Fonte: Ana Paula Teixeira