A BrasilAgro fechou o primeiro trimestre do ano safra 2023/24, iniciado em julho, com lucro líquido de R$ 29,9 milhões.
Segundo o balanço divulgado ao Mercado nesta terça-feira (7), a companhia registrou receita líquida de R$ 272,2 milhões, resultado 9% inferior ao primeiro trimestre da safra anterior (R$ 299,8 milhões).
“A diminuição na receita líquida em relação ao mesmo período do ano passado é reflexo da queda dos preços das commodities e da diminuição da receita de cana, em razão da queda do preço do Consecana, que saiu de R$ 0,9465 no 1T23 para R$ 0,8801 no 1T24”, explica André Guillaumon, em mensagem ao Mercado.
O EBITDA ajustado ficou em R$ 23,4 milhões, com margem líquida de 12%. O desempenho é 78% menor que os R$ 107,1 milhões do primeiro trimestre do ano passado.
Especializada na compra e venda de fazendas e na produção de alimentos, fibras e bioenergia, a BrasilAgro afirma que acompanha o cenário macroeconômico, impactado pela guerra entre Rússia e Ucrânia.
Para esta safra, a empresa sinaliza que já plantou 38% da soja “dentro da janela ótima”. “As previsões climáticas continuam indicando um ano de El Niño moderado, com maior ponto de atenção na região da Bahia, devido às previsões de veranico”.
A companhia diz que reduziu em 9,2 mil hectares a área dedicada ao milho, após queda no preço da commodity, “que comprimiu a margem dos produtores”. Com isso, a BrasilAgro pretende ampliar o cultivo de soja e feijão. No total, a empresa deve operar 5,6 mil hectares a menos.
Cana-de-açúcar
Na safra de cana-de-açúcar, o destaque vai para a região Centro-Oeste do país, onde a companhia reporta “boa produtividade”. Até o fim de setembro, a BrasilAgro já havia colhido 1,6 milhão de toneladas. A previsão é atingir 2,1 milhões de toneladas até dezembro de 2023, em linha com o estimado.
“Estamos confiantes da entrega de bons resultados em mais um novo ciclo de produção agrícola com a safra 23/24, orgulhosos de nossa contribuição para um dos setores mais importantes da economia do país. Seguimos com o protagonismo, atuando na busca de novas oportunidades de crescimento e geração de valor não só para os investidores e stakeholders da BrasilAgro, como para todos que estão à nossa volta”, finaliza Guillaumon.
Fonte: Carlos Correia