Podem ser considerados esses os principais objetivos de projeto que a Embrapa Pesca e Aquicultura (Palmas-TO) está iniciando. Coordenado pela médica veterinária Renata Melon Barroso, o projeto envolve várias instituições que trabalham com tilápia no Brasil.
Serão trabalhados cinco polos produtivos: Santa Catarina; Oeste do Paraná; Ilha Solteira-SP; Submédio São Francisco; Castanhão-CE. Renata explica que “o Brasil é um país grande e com muitas particularidades regionais, que são refletidas e observadas também nos sistemas de produção, incluindo a cadeia de valor da tilápia, mercado e consumo”.
O projeto buscará informações de diferentes áreas: “conhecer o desempenho socioeconômico do cultivo da tilápia no Brasil; seus impactos socioeconômicos; conhecer o potencial da tilapicultura no país; conhecer as vantagens da tilápia comparativamente a outras espécies; saber se a nossa produção de tilápia é sustentável (sim, não, porque); a governança da indústria da tilápia; conhecer a performance econômica da atividade nos diferentes sistemas de cultivos em diferentes regiões; enfim, buscaremos fornecer respostas importantes para o crescimento do setor”, enumera a coordenadora.
A primeira reunião geral do Projeto Tilápia está marcada para os dias 10 e 11 de março, na sede da Embrapa, em Palmas-TO. Será um momento em que as diferentes experiências dos diversos parceiros serão compartilhadas, construindo-se, assim, um panorama geral da cadeia produtiva da tilápia no país.
Números – A tilápia é o peixe mais produzido no Brasil. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) relativos a 2013 apontam que foram produzidas quase 170 mil toneladas da espécie no país. Por região, o Sul brasileiro produziu mais de 63,5 mil toneladas; depois, vêm o Nordeste, com mais de 48,1 mil toneladas, e o Sudeste, que produziu mais de 45,8 mil toneladas naquele ano.
Em termos de estados, os que mais produziram tilápia em 2013 foram Paraná (com mais de 44,7 mil toneladas), Ceará (que teve produção de mais de 30,6 mil toneladas) e São Paulo (com mais de 24,3 mil toneladas). Já os municípios principais produtores naquele ano foram Jaguaribara-CE, com quase 14,6 mil toneladas, Santa Fé do Sul-SP, com quase 6,5 mil toneladas, e Orós-CE, que produziu quase 5,3 mil toneladas.