Programa ATeG Café+Forte ajuda família a seguir com negócio rural
Marli, o marido Divino da Silva e os filhos Mayron, Merick e Milene buscavam alternativas para salvar o plantio de café de suas duas propriedades. Antes do ATeG Café+Forte, a produtora cogitou vender uma fazenda e abandonar a atividade. Foi nesse momento que Mayron, com 18 anos na época, incentivou a família a viver da cafeicultura. Prestes a desistir e sem saber como administrar e produzir da forma correta, a produtora passou a contar com a assistência técnica e gerencial.
“Desde pequeno, meu filho sempre dizia que o seu maior sonho era cuidar do sítio. Estávamos com a cafeicultura falida e as lavouras detonadas. Cada vez mais, minha preocupação aumentava, pois não poderia deixar meu filho em um local que estava tão complicado. Além disso, não tinha mais esperanças que a atividade seria rentável”, contou.
O técnico de campo que os acompanha, Guilherme Ferreira Marques, mostrou novos caminhos. “A cada visita, vejo minha família mais entusiasmada e energizada. Desde nossa primeira reunião, senti que nossas vidas iriam mudar, e está mudando cada vez mais”, disse a produtora.
Hoje, Mayron vive do trabalho rural e contribui para a geração de renda familiar. “Meu sonho desde pequeno era trabalhar na roça, mas não sabia por onde começar. Se não fosse o ATeG Café+Forte, eu não conseguiria continuar com a cafeicultura. Antes, não tínhamos controle algum. Hoje, nossa meta é dobrar a produção”.
Para o gerente regional do Sistema FAEMG/SENAR/INAES em Lavras, Rodrigo Ferreira, o programa tem feito a diferença e levado esperança para os produtores. “Quando o produtor abraça a causa, o sucesso é certo. Esses resultados demonstram o trabalho diferenciado do programa: vamos além da parte técnica e acrescentamos a gestão, estreitamos o caminho para otimizar o pilar familiar e trabalhamos visando o lucro e a qualidade de vida da família”
O supervisor regional do programa, Henrique Frederico Santos, explicou que, desde a primeira visita na propriedade, viu o empenho e a satisfação da família. “O Guilherme vem trabalhando a autoestima dos produtores, levando-os a evoluir nos aspectos técnico e gerencial, por meio de um atendimento individualizado, de acordo com as necessidades de cada um. Destaco também o engajamento da Marli, do Divino e do Mayron, que acreditaram no ATeG e seguem à risca as orientações do técnico”.
Resultados
Com o trabalho do Sistema FAEMG/SENAR/INAES, os números vêm aumentando e proporcionando excelentes resultados. Neste ano, eles já plantaram 18 mil pés de café das variedades arara e catucaí e, até em 2023, terão mais 3,5 hectares de café para colheita.
Em 2019, a família colheu 130 sacas de café. Em 2020, 510. No biênio, a família estava produzindo cerca de 21 sacas por hectare. Em 2021, a expectativa de colheita é de 200 sacas. Ou seja, de 2020 e 2021, possivelmente, serão 28,6 sacas por hectare, um aumento de 36%.
O técnico Guilherme explica que, com a previsão de sacas do próximo ano, o planejamento é que a família produza 32,5 sacas por hectare. Quando finalizar o programa, a expectativa é que os produtores cheguem em 38 sacas por hectare, aumentando quase 100% a produção durante a caminhada do ATeG.
“Em uma propriedade, cortamos cinco hectares para recepa e, em outro local, arrancamos e plantamos 3,5 hectares de uma lavoura nova. Aos poucos, mostrei que era possível fazer a recuperação das lavouras. Estamos no meio do projeto e, a cada ano, aumentamos a produtividade. Até 2023, a expectativa é dobrar a produção e ter uma propriedade mais sustentável.”
Fonte: Agrolink