Cascas de tomates são usadas para combater bactérias

Os pesquisadores acreditam que poderão contribuir para a utilização circular do bagaço de fruta no futuro

O Instituto de Tecnologia Química e Biológica de Lisboa em Portugal, mostra avanços no uso de casca de tomate descartadas para desenvolvimento de misturas antimicrobianas. A substância mata ou inibe o desenvolvimento de micro-organismos, como bactérias, fungos, vírus ou protozoários.

Os resíduos agroindustriais tem sido explorados para o desenvolvimento de bioplástico, suplementos alimentares e outras funções e por que não utilizar as cascas de tomate? A Europa produz cerca de 10 milhões de toneladas de tomate e mais de meio milhão de toneladas de bagaços do vegetal (sementes, cascas e caules).

Em artigo publicado na ACS Sustainable Chemistry and Engineering, uma equipe de cientistas do ITQB NOVA e do INRAE (França) mostrou que é possível extrair misturas bactericidas da casca de tomate em um processo curto e sustentável. A casca do tomate serve como armadura para a gruta, criando uma barreira contra danos externo e invasão de patógenos.

Já a cutícula é a parte mais externa da casca do fruto, sendo composta principalmente por cutina. Este polímero (uma rede de moléculas), altamente abundante na natureza, confere propriedades antimicrobianas à casca, descreve o artigo.

Os pesquisadores acreditam que poderão contribuir para a utilização circular do bagaço de fruta no futuro.

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Fonte: Agrolink