Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul e São Paulo devem registrar também chuvas acima dos 100 milímetros nos próximos dias
Após um longo período de seca, que se estendeu pelo mês de setembro, agora é a chuva com volumes concentrados que preocupa os agricultores do estado. Se por um lado a chuva era muito esperada, o volume registrado pode afetar o andamento da colheita das lavouras de trigo e o plantio da soja.
Os dados apurados pelos mapas dos modelos europeu (ECMWF) e americano (GFS) durante o sensoriamento remoto realizado pela Geosys Brasil, mostram volumes de chuva de 132,1mm a 166,2mm nos próximos 10 dias, contra média de 72,20mm no período. O cenário é muito diferente dos 26,6mm registrados em 2020. No Oeste do Paraná, o volume deverá ser de 150mm. Por causa da intensidade, os trabalhos no campo devem ser interrompidos pontualmente.
Além do Paraná, chuvas acima de 100mm devem ocorrer em pequenas áreas de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e São Paulo. Nestes locais, porém, o plantio da soja estará favorecido para avançar com recuperação da umidade do solo.
No Mato Grosso, a previsão indica chuvas que devem colaborar com o aumento da umidade do solo no curto prazo. Em Sorriso e Lucas do Rio Verde, na região central do estado, embora a umidade do solo esteja em patamar similar ao de 2020, o balanço hídrico evidencia um cenário melhor em comparação à temporada passada. A previsão aponta para temperatura média abaixo dos 30°C para os próximos 10 dias.
No Mato Grosso do Sul, desde o fim do vazio sanitário o volume de chuvas no estado foi baixo, similar a 2016, e a umidade do solo está abaixo da média dos últimos 10 anos. Após atravessar uma seca severa, agora a previsão aponta para volumes de chuva de 70mm a 125 mm, sendo a média 47,3mm. A umidade do solo deve aumentar no curto prazo, porém, em algumas regiões (como em Campo Grande, por exemplo), a umidade ficará um pouco abaixo da média, mas no geral haverá condições para o plantio da soja.
Dos estados do Centro-Oeste, Goiás é o que apresenta atenção para a semeadura da soja. Desde o início de outubro a precipitação acumulada ficou abaixo dos 2mm. A umidade do solo mostra uma analogia com o ano de 2015 (safra 2015/2016), porém a previsão aponta para alta precipitação no curto prazo, o que irá aumentar a umidade do solo. Além disso, a temperatura média deverá cair gradualmente nos próximos dias, o que irá diminuir a evapotranspiração.
fonte: Geosys