O palco foi uma nascente próxima a Brasília. De um lado, prepara-se a terra para o plantio de muda. Do outro, levanta-se a cerca que vai proteger a área próxima de uma nascente. Próximo dali, os olhares atentos de Rafael Diego Nascimento da Costa, assessor técnico do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR), e de Juliana Sousa, instrutora do SENAR/DF. Eles acompanham tudo de perto, e passam todas as orientações aos seus assistentes, desde a medição do buraco até a postura correta para fazer o trabalho.
Todas estas instruções fizeram parte das ações do Programa Nacional de Proteção de Nascentes, uma iniciativa da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), juntamente com o SENAR, visando a proteção de mil delas rurais em todo o Brasil. O lançamento ocorreu neste domingo (22/3), em comemoração ao Dia Mundial da Água. O local escolhido foi uma chácara na Quadra 6, Conjunto 2 Lote 6 do Park Way, bairro localizado a 20 km do centro da Capital Federal, onde há uma nascente de contato, definição dada ao tipo de nascente comum em áreas com lençol freático, formada a partir de falhas geológicas do terreno.
Na propriedade, foi feito o passo a passo de como proteger uma nascente. E o procedimento é simples. “Queremos mostrar a importância desta iniciativa a partir de um processo que é bem fácil. Basta seguir alguns passos”, explica Rafael. O primeiro é identificar o tipo de nascente. Depois, é proteger o local com uma cerca. Na sequência, faz-se a limpeza do local e o replantio de espécies nativas, para evitar a erosão e promover a recarga dos aquíferos, assegurando a fonte de água para as nascentes. No ato de hoje, foi feito o plantio de espécies típicas do cerrado, como fruto do sabiá, chichá e cambuí.
Também não são necessários tantos acessórios para o trabalho. Além da boa vontade e da consciência sobre a importância de se preservar uma nascente, uma enxada, um escavador, alicate, serrote, e equipamentos de proteção individual, como luvas e óculos. “Com as informações necessárias, o próprio dono da propriedade onde estiver uma nascente pode fazer o trabalho. Ou qualquer outra pessoa que se disponha”, afirma a instrutora Juliana, enquanto passa instruções a um dos ajudantes.
Depois de uma manhã dedicada a um gesto de preservação ambiental com as nascentes, o resultado do esforço e a satisfação dos participantes são visíveis. Cerca levantada, área limpa e mudas plantadas, é hora de pôr a primeira placa do programa com a frase “Nascente Protegida”. Apenas a primeira das mil que serão protegidas pela CNA em toda a área rual do Brasil.
Por: Assessoria de Comunicação CNA