Com a ajuda das chuvas intensas registradas em janeiro, as lavouras de soja da Argentina apontam para um recorde histórico de 58,5 milhões de toneladas, volume 6% maior que as 55 milhões de toneladas da temporada passada, levantou a Expedição Safra em viagem pelo país para sondagem técnico-jornalística da produção de grãos.
A colheita atinge um terço dos 20 milhões de hectares semeados e a produtividade se sustenta em 3,8 mil quilos por hectare, patamar considerado surpreendente para esse estágio, elevando recordes regionais nos pampas argentinos.
No caso do milho, que cobre 3 milhões de hectares, a produtividade passa de 8 mil quilos por hectare, como só havia ocorrido em 2009/10. Houve redução de 13% nas lavouras, mas com a fartura na colheita o volume produzido recua menos: 8%, a 24 milhões de toneladas, apurou a Expedição.
Os produtores argentinos aproveitam os períodos de sol para avançar na colheita. Marcas de 5 mil quilos de soja por hectare se tornaram comuns em fazendas da zona núcleo, nas províncias de Santa Fé e Buenos Aires.
A tendência é que essas médias caiam com o avanço das máquinas, que passam a percorrer área menos produtivas e de soja de segunda (semeada mais tarde). Ainda assim, a temporada tende a ser finalizada com índice próximo ou acima de 3 mil quilos por hectare – 50 a 100 quilos por hectare além das previsões iniciais.
A explicação para tanta produção está no clima, conforme produtores, técnicos e especialistas ouvidos pela Expedição Safra. A zona núcleo normalmente registra veranicos no início de janeiro, mas atipicamente neste ano teve chuva. O problema das inundações vem sendo compensado pelas altas produtividades.
A Expedição Safra percorre também o Uruguai, onde afere os resultados da principal região produtora, na região Oeste do país.
Fonte: Rural Centro