Cerca de 84,2% dos insumos para a safra 2016/2017 de soja já foram comercializados em Mato Grosso. Apesar do recuo do dólar nos últimos dois meses, o que permitiu o avanço na aquisição dos insumos, o custo de produção para o próximo ciclo segue apresentando os maiores valores nominais já registrados de R$ 3.233,15 por hectare.
A previsão para a safra 2016/2017 é que sejam semeados em Mato Grosso 9,229 milhões de hectares. Extensão esta 0,28% superior aos 9,203 milhões de hectares do ciclo 2015/2016. Em termos de produção, são aguardadas 29,385 milhões de toneladas.
Entre 1º de junho a 26 de julho o dólar recuou de R$ 3,58 para R$ 3,27, com o menor pico de R$ 3,21 no dia 26 de junho.
Levantamento do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), divulgado em seu boletim semanal, mostra que até junho cerca de 84,2% dos insumos para a safra 2016/2017 já haviam sido comercializados em Mato Grosso para a soja. O percentual, revela o Instituto, é superior a média de 62% neste período na safra passada.
O Imea destaca que os insumos, mesmo com o recuo do dólar, seguem apresentado patamares “inéditos” de R$ 1.898,79 por hectare na média de Mato Grosso. Na safra 2015/2016 o desembolso apenas com insumos, ou seja, sementes, fertilizantes e defensivos, havia somado R$ 1.756,13. Já na safra 2014/2015 R$ 1.481,05 e na safra 2013/2014 R$ 1.220,25.
“Diante dos altos custos produtivos da nova safra, recuo em junho dos preços internos para o próximo ano e incertezas com relação ao clima da próxima safra, aumenta a necessidade de estratégias de vendas bem traçadas, sobretudo, com relação às vendas futuras da soja. Neste sentido, as grandes oscilações que o mercado externo vem apresentando nas últimas semanas podem se tornar um aliado ou vilão na estratégia do produtor”, pontua o Imea.
Mercado externo em queda
A soja no mercado externo segue em queda na Bolsa de Chicago. Conforme a consultoria Safras&Mercado, os contratos contaram ao patamar de US$ 9,00 por bushel. O montante é considerado o pior nível em três meses em decorrência as boas condições climáticas da safra dos Estados Unidos.
Fonte: Agrolink