Com genética bovina do Brasil, El Salvador quer fortalecer pecuária de corte e leite no país

Com investimentos em pesquisa e tecnologia, o Brasil ocupa lugar de destaque entre os maiores exportadores de genética bovina. O progresso do rebanho nacional desperta interesse de mercados em todo o mundo. Agora é a vez de El Salvador estreitar relações com o Brasil em busca da genética brasileira.   

Para fortalecer a pecuária de corte e leite no país da América Central, médicos veterinários do Ministério de Agricultura e Pecuária de El Salvador estiveram no Brasil, conhecendo de perto o trabalho de melhoramento genético das raças bovinas. Nesta terça (02), os visitantes estrangeiros estiveram na Central ABS, líder no segmento de genética bovina, localizada no Triângulo Mineiro. O objetivo é habilitar a empresa para exportações de sêmen e embriões ao país centro-americano.

“Desde o ano passado, estamos recebendo pedidos de produtores salvadorenhos. Já existe protocolo sanitário entre os dois países e, com a habilitação, poderemos finalmente atendê-los. El Salvador é um país muito populoso, mas pequeno em extensão territorial. Com pouco espaço, eles precisam de animais produtivos”, destaca a Coordenadora de Comércio Exterior da ABS, Paula Waeny.

Durante a visita, os veterinários conheceram de perto a área de alojamento de touros, área de coleta de sêmen, núcleo de doadoras de embriões, quarentena, laboratórios de embriões, sêmen convencional e sêmen sexado Sexcel, e setor de logística.

“Ficamos muito felizes com a visita. Vimos de perto toda a estrutura, processos, controle sanitário, manejo e bem-estar animal, além de muita qualidade genética. As raças do Brasil se adaptam muito bem em nosso país e viemos para viabilizar as exportações de sêmen e embriões. Queremos que nossos produtores melhorem seus rebanhos, aumentando produtividade e lucratividade”, enfatiza o médico veterinário do Ministério de Agricultura e Pecuária de El Salvador, Pablo Amaya.

A visita foi acompanhada pelo Fiscal Agropecuário do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) do Brasil, Fernando Augusto Santos. “Os países importadores exigem habilitação prévia das centrais de genética. Vindo ao Brasil, verificam in loco o trabalho das empresas e o trabalho de fiscalização do MAPA para garantir a qualidade do material genético que chegará ao país deles”, explica.

A experiência dos salvadorenhos no Brasil foi intermediada pela Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ). “Através do projeto Brazilian Cattle, executado em parceria com a ApexBrasil, unimos empresas brasileiras interessadas em exportar material genético, montamos um cronograma junto ao MAPA e acompanhamos de perto as visitas. O intuito é fortalecer cada vez mais as exportações de genética bovina brasileira para outros países”, enfatiza a Consultora da ABCZ para Assuntos Regulatórios, Izabelle Jardim.

A veterinária Veronica Aguilar diz voltar para El Salvador com a melhor impressão possível. “Ficamos impressionados com tudo o que vimos na ABS. Com certeza, a genética brasileira irá contribuir muito para garantir aos nossos pecuaristas o melhoramento de seus rebanhos, potencializando a produção de carne e de leite no país”, ressalta.

Fonte: Élcio Fonseca