Relatório a respeito do herbicida glifosato colocou em rota de colisão o Congresso dos Estados Unidos e a Agência Ambiental do país (EPA, na sigla em inglês). Em uma carta enviada neste mês, a Comissão de Agriculturaquestionou a EPA o motivo de ter publicado e “rapidamente removido” na tarde do dia 25/4 o que seria um relatório final sobre o uso do glifosato e os riscos de câncer, elaborado pelo comitê de pesquisas da entidade.
Segundo a EPA, os relatórios foram tirados do ar porque “nossa avaliação não está finalizada”, e que foram divulgados “preliminarmente” e “inadvertidamente”, segundo divulgou a agência Reuters.
Em cada página da publicação havia impresso “final”, com data de outubro de 2015, sinalizando que esta seria a versão concluída da pesquisa. Entre as informações, estaria que o herbicida “provavelmente não seria cancerígeno a humanos”. As Reuters afirma ter tido acesso aos documentos.
Ainda segundo a agência de notícias, outros treze documentos teriam sido derrubados do site também na segunda-feira.
De acordo com o publicado pelo site norte-americano AgWeb, para os congressistas, a postura da Agência Ambiental revela “problemas sistêmicos” no gerenciamento e divulgação de seus relatórios. “Estamos preocupados com o contínuo atraso da EPA nos seus relatórios sobre o glifosato”, diz a carta.
A Comissão de Ciência e Tecnologia também quer explicações das autoridades ambientais do governo Obama, informa o AgWeb. “A remoção do relatório levanta dúvidas sobre a motivação da EPA de fornecer uma avaliação justa sobre o glifosato”, dizem integrantes do colegiado, em outra carta.
Em resposta,a companhia Monsanto afirma que o documento divulgado pela EPA é a “classificação oficial” de que o glifosato não seria cancerígeno. Disse também que o arquivo era “claramente identificado e assinado como o relatório final pelo Comitê de Pesquisas sobre Câncer da EPA”.
Por: Noticiasagricolas