Maior comercializadora global de açúcar e etanol, a Copersucar S.A. registrou lucro líquido de R$ 147,2 milhões no Ano-Safra 2017-2018, com importante contribuição dos ganhos das operações diretas, notadamente os serviços logísticos, e a comercialização de etanol e açúcar no mercado interno. O faturamento líquido atingiu R$ 28,6 bilhões.
“Na Safra 2017-2018, mantivemos a trajetória de consolidar o posicionamento relevante da Copersucar nos mercados mundiais de açúcar e etanol, alinhada à ambição estratégica de ganhos de escala e ampliação de margens estruturais dos nossos negócios”, afirma Luis Roberto Pogetti, presidente do Conselho de Administração.
“Em um cenário de grande volatilidade, a Copersucar teve a necessária prontidão para atender aos clientes e assegurar o alcance de resultados positivos. Além de presença global relevante e consolidada, ampliamos os ganhos estruturais, com a otimização dos ativos logísticos”, afirma Paulo Roberto de Souza, diretor-presidente da Companhia.
Com endividamento líquido de estoques de R$ 1,539 bilhão, a Copersucar demonstra melhora no perfil da dívida e nos índices de liquidez. Os vencimentos de curto prazo passaram de 44%, no fim da Safra 2016-2017, para 26% no último exercício, e o índice de liquidez circulante passou de 1,13 para 1,51. Os investimentos somaram R$ 209 milhões (R$ 313,1 milhões no ano anterior), destinados principalmente a aportes de capital na Logum, empresa que opera o sistema dutoviário de etanol da qual a Copersucar é sócia, e ao fortalecimento da estrutura logística da Eco-Energy, subsidiária que comercializa etanol nos Estados Unidos.
Comercialização
No Ano-Safra 2017-2018, as Usinas-Sócias da Copersucar processaram 85 milhões de toneladas de cana-de-açúcar (2,3% a menos que na safra anterior), variação que foi compensada pela melhor qualidade da matéria-prima decorrente de condições climáticas favoráveis. A participação do açúcar no mix de produção das usinas sócias foi de 42,4% (contra 46% no período 2016-2017).
Foram comercializados, ao todo, 14,1 bilhões de litros de etanol no mercado global (5,2% acima do período anterior), sendo 9,8 bilhões movimentados pela subsidiária Eco-Energy e 4,3 bilhões de litros pela matriz brasileira. Desse volume, 3,6 bilhões de litros foram destinados ao mercado interno e 0,7 bilhão de litros para exportação.
Os volumes comercializados de açúcar mantiveram o total de 4,5 milhões de toneladas verificados na safra anterior, dos quais 1,6 milhão de toneladas foram destinadas ao mercado interno e 2,9 milhões de toneladas ao mercado externo.
Nas últimas duas safras, a Copersucar consolidou-se como um importante operador logístico para o setor sucroenergético, atingindo o objetivo de estruturar a sua logística como uma unidade de negócio da Companhia e assim, maximizar a utilização de seus ativos por meio da prestação de serviços para a Alvean e outros clientes. Do total de 5,5 milhões de toneladas de açúcar transportadas, 48% tiveram como origem usinas não sócias. Outro importante fator de competitividade foi o volume transportado por ferrovias, que representou 56% do volume total destinado às exportações.
Nova joint venture
Ainda na Safra 2017-2018, a Copersucar e a BP Biocombustíveis formalizaram a criação de uma joint venture para operar o terminal de combustíveis de Paulínia (SP). A nova empresa, com participações iguais dos sócios, contará também com interligação ferroviária, além dos modais rodoviário e dutoviário, e ampliará a oferta de serviços para o mercado de combustíveis.
Alvean
A Alvean, joint venture entre Copersucar e Cargill, movimentou 12,2 milhões de toneladas no mercado global (12,1 milhões de toneladas no exercício anterior). Deste total, 7,9 milhões de toneladas foram originadas no Brasil incluindo o volume fornecido pela Copersucar.
Eco-Energy
A subsidiária Eco-Energy aumentou em 6,5% seu volume de comercialização, para 9,8 bilhões de litros de etanol no exercício encerrado em março de 2018 (9,2 bilhões de litros no período anterior). Com isto, obteve 16% de market share nos Estados Unidos. As receitas subiram 7,3%, para US$ 4,4 bilhões (US$ 4,1 bilhões no exercício anterior).
Fonte: Imprensa Verdelho
Imagem Crédito: Portal do Agronegocio