“Nunca vimos nada parecido com isso”, disse Ramandeep Singh Mann, agricultor de Punjab, cuja família cultiva trigo, arroz e algodão em mais de 18 hectares e empregaria cerca de 10 trabalhadores se usassem colheitadeiras mecânicas. “Não temos ninguém para as colheitas”, lamenta.
Sendo assim, eles estão preocupados com o fato de não conseguir levar as colheitadeiras mecânicas aos campos ou até conseguir coletar manualmente as lavouras que provavelmente estarão maduras em meados de abril. As colheitas tardias significam rendimentos mais baixos, retornos reduzidos e uma janela menor para plantar as safras da próxima temporada, além de deixar as safras vulneráveis à chuva e granizo.
A Índia possui estoques de trigo, arroz e açúcar para sua própria população e não exporta trigo, portanto é improvável que os mercados internacionais de grãos sejam afetados por questões trabalhistas no momento. Mas autoridades do comércio e da indústria dizem que atrasos na chegada, atracação e outras operações de transporte podem afetar as exportações de arroz, enquanto a falta de trabalhadores pode limitar as exportações de vegetais frescos, como cebola.
Fonte: Agrolink Por Leonardo Gottems
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