“No início deste ano, houve uma grande empolgação quando uma única semente de algodão germinou na Lua, a bordo do módulo lunar chinês. Infelizmente, a planta morreu pouco depois, incapaz de tolerar uma noite lunar gelada que chegava a menos de 170 graus Celsius negativos. Enormes oscilações de temperatura são apenas um dos desafios que enfrentamos no crescimento em condições extremas fora da Terra”, escreveu.
Então, para viajar para um planeta fora do nosso sistema solar, não apenas precisamos de melhores naves espaciais e câmaras de crescimento de plantas, como também precisaremos de melhores variedades de plantas. “Precisamos de plantas que produzam maiores rendimentos com menos nutrientes; precisamos de plantas que crescem em condições quentes e frias; precisamos de plantas tolerantes à seca que exijam menos água; precisamos de plantas resistentes a rádio que prosperem em meio à alta radiação do espaço; e precisamos de plantas que crescem em microgravidade”, completou.
“Criar essas ‘superplantas’ que podem suportar e crescer em condições adversas não será fácil, por isso devemos explorar todas as vias de tecnologia disponíveis para isso. Em particular, devemos explorar o poder das ferramentas de engenharia genética no melhoramento de plantas. Você pode perguntar: ‘por que não podemos criar essas plantas usando métodos convencionais?’ É possível, mas provavelmente levará décadas, senão séculos, antes de gerarmos uma planta de criação convencional que cresça bem no espaço. E, ainda assim, o processo depende mais da sorte do que da habilidade – a criação tradicional não pode modificar com precisão os genes para alcançar características desejáveis”, conclui.
Fonte: Agrolink Por Leonardo Gottems