Cerca de 60% do gasto da formação das lavouras se concentra no processo de plantio, portanto, é fundamental o incremento de tecnologias, como o controle eletrônico da plantabilidade para garantir melhores margens
O mercado agropecuário vive em constante mudança e oscilação, com o descompasso entre os preços das commodities e dos insumos, a classe produtora precisa buscar o equilíbrio para não correr riscos. Contudo, mais importante que mirar em alta produtividade é preciso pensar na eficiência dos processos e isso passa obrigatoriamente por um ponto pouco falado, mas de fundamental importância: custo de precisão.
De acordo com Evandro Martins, presidente da FertiSystem e presidente diretor executivo do Parque Tecnológico do agro – Tecnoagro, a adoção de tecnologia em uma unidade produtora é muito importante e é preciso avaliar como incrementar as inovações. Afinal, ela precisa se pagar.
No processo de plantio esse cuidado deve ser redobrado. Isso porque o maior gasto de formação da lavoura, o custo de produção de grão, concentra-se no processo de plantio, e pode variar de 50% a 60%. “A tendência moderna é a automação por meio de sistemas eletrônicos integrados aos dosadores de adubos e de sementes. É nessa etapa que o produtor tem que se esforçar para melhorar suas margens”, diz o executivo.
Ainda segundo o especialista, alguns números chamam a atenção para o potencial de economia e precisam ser analisados com cautela pela classe produtora. Por exemplo, só no processo de desligamento linha a linha, é possível reduzir 6,2% a média na quantidade de fertilizantes aplicados, e 5,5% em sementes. Outro dado relevante é a exposição da compensação da curva de plantio, que tem um acréscimo de 6,85% de aumento de produtividade em relação ao fertilizante e 10,6% nas sementes.
Além disso, com a aplicação de insumos em taxa variável na linha de semeadura, consegue-se uma redução de 13,8% na quantidade de fertilizantes e 7% de redução na semente, afinal, não precisa colocar fertilizante onde não tem semente. “Tudo isso somado vai gerar uma grande economia ao produtor e é isso que precisa ser avaliado, reforça Martins.
Ferramentas eficientes
Como observado até aqui, o caminho para a redução de custos é o incremento de ferramentas tecnológicas. Neste sentido, a FertiSystem, que desenvolve soluções inteligentes para o plantio, busca acessibilizar suas tecnologias para qualquer marca de plantadeira do mercado. Ou seja, o produtor não precisa adquirir um equipamento novo para tornar mais eficiente sua semeadura. “Os nossos produtos foram desenvolvidos para resolver esse tipo de dificuldade, através de sistemas eletroeletrônicos com a dosagem precisa, determinando mínimas variações, mantendo constante o número de sementes prescritas por metro quadrado e gramas por metro linear de fertilizantes”, destaca o especialista.
A companhia possui um portfólio completo de soluções e sistemas de controles eletrônicos. Entre as soluções, destaque para o IsoPlanter64, o sistema TXF MB, o FertiSystem Auto-lub AP NG e o mais novo lançamento, o Sidereus, um sensor de semente graúda.
O IsoPlanter64 é indicado para todas as culturas de sementes graúdas e finas e leva em consideração os principais conceitos da Agricultura de Precisão. Possui controle de desligamento linha-a-linha, taxa variável e compensação em curvas. É controlado através do próprio monitor original do trator, desde que a comunicação seja pela norma Isobus (ISO 11783). O sistema é o único do mercado que pode controlar e fazer seções de mais de uma linha de plantio.
Já o TXF MB (Taxa Fixa Mobile) é o sistema de controle de aplicação de fertilizantes por meio de smartphone ou tablet. Através dele, a dosagem e deposição do adubo no solo é mais precisa e há real controle do que acontece com o implemento durante a atividade. A ferramenta é simples de operar, acessível a todos os produtores e desenvolvida para ser utilizada em adubadoras, semeadoras, cultivadores ou sulcadores.
O Auto-Lub é um dosador de adubo que garante a uniformidade, alta durabilidade, fácil manutenção e precisão na deposição dos fertilizantes ao longo da linha de plantio, além de oferecer a dose certa no local certo. Quando não se usa o sistema de controle eletrônico através de motores elétricos, não se alcança a taxa desejada, seja de adubo ou de semente, porque as semeadoras ou adubadoras trabalham com engrenagens de regulagem específica onde não se é possível escolher a dosagem pretendida.
O Sidereus, por sua vez, é um sensor óptico que tem como objetivo detectar as sementes graúdas quando passam pelo condutor. Em conjunto com algum monitor de plantio, a ferramenta torna possível ao operador saber como está ocorrendo o plantio, ou seja, se as sementes estão caindo, na quantidade certa, no momento correto, sendo os olhos do agricultor para o plantio. Com isso possibilita a detecção de falhas, duplas, condutores entupidos e falta de sementes. “O Sidereus foi desenvolvido para trazer maior credibilidade e economia ao usuário, com custo menor sem perder desempenho, uma solução que se encaixa perfeitamente no nosso conceito de redução de custos no plantio”, finaliza Martins.
Fonte: Kassiana Bonissoni