Decisão da Cargill afeta produtores do MATOPIBA. No Pará,cerca de 2 mi/ha legalmente habilitados para plantio estariam sob risco

Vanderlei Silva Ataídes presidente da Aprosoja Pará , falou a respeito da decisão da Cargill de se comprometer a evitar o desmatamento nas áreas do Cerrado brasileiro.

Esse comprometimento já existia em relação à Amazônia, portanto, o Pará recebe diretamente os efeitos de ambas as condições. Contudo, Ataídes acredita que essa decisão é um “tiro no pé”.

Ele conta que, de ontem para hoje, o setor observa a nota da Cargill de forma desconfiada e classifica a situação como “desnecessária”, já que, de acordo com o Código Florestal, os produtores rurais possuem direito ao desmatamento legal em parte de sua propriedade. Esse desmatamento, portanto, não seria ilegal.

Na avaliação do presidente, os produtores ficam sem saber quais são as características das áreas nas quais se pode ou não trabalhar. De acordo com as orientações da moratória, não se poderia abrir nem as áreas determinadas no Código Florestal.

Para ele, há de se analisar a possibilidade de reinventar a questão da comercialização e se aproximar da China para não ficar refém dessa situação. Ataídes destaca que o Pará tem potencial para abrir mais 3 a 4 milhões de hectares no Cerrado.

Fonte: Notícias Agrícolas