Com a temperatura aumentando em todas as frentes, os mercados financeiros abriram sexta (17), mais uma vez, como na véspera, tentando sair dos riscos. O dólar passou os R$ 4 na quinta, na alta maior em sete meses, e a B3 despencou para 90 mil pontos, e mostram tendência de seguirem nas mesmas direções.
A divisa americana dispara acima de 1,15%, a R$ 4,084 por volta das 10h50, e o Ibovespa, principal índice acionário da bolsa, recuava perto de 0,10%, e está em leve alta.
A retórica chinesa contra os Estados Unidos, agora sob ameaça de retaliação após o presidente Donald Trump impor mais tarifas aos produtos do país asiático, juntou-se ao cenário interno brasileiro delicado.
Com as expectativas do PIB caindo abaixo de 1% no primeiro trimestre, entre alguns bancos, e o Banco Central igualmente derrubando projeções anteriores, a sexta também reserva os lances de possíveis desdobramentos da quebra de sigilo bancário do senador Flávio Bolsonaro em um ambiente já conturbado pelas manifestações estudantis.
O risco político está presente nas declarações de Rodrigo Maia (DEM-RJ) de que a Câmara vai encaminhar uma proposta de reforma tributária “com DNA” da casa, que além de ser desconhecida em seus detalhes técnicos, já foi desmerecida pelo ministro da Economia Paulo Guedes.
Na soma de tudo, os agentes estão preocupados com o grau de ruptura que pode redundar em problemas na tramitação da PEC da Previdência, a “mãe de todas as reformas”.
Mundo
As bolsas asiáticas caíram e o yuan perdeu força frente ao dólar. Os índices acionários futuros dos EUA seguem baixa. O dólar index em leve alta, na comparação com outras moedas fortes. E o petróleo também está nervoso, com possíveis desdobramentos da crise EUA-Irã.
Fonte: Notícias Agrícolas