Baseada no conceito do associativismo, iniciativa já movimentou mais de R$ 1 milhão, garantiu a entrega de 228 toneladas de alimentos e beneficiou 6.500 pessoas
Um programa de agricultura familiar desenvolvido pela ENGIE tem sido destaque em prêmios de inovação no Brasil e no exterior. O projeto “Inovação no Reassentamento de Comunidades: o caso da Usina Hidrelétrica São Salvador”, localizado no rio Tocantins, sul do estado do Tocantins, foi premiado na Conferência ANPEI, o maior evento de inovação multissetorial do País, e foi também um dos finalistas brasileiros do Innovation Trophies, competição interna global do grupo ENGIE, realizada em Paris, na França, e que visa premiar projetos inovadores.
Apoiado no conceito do associativismo, no qual a união de esforços e de interesses faz com que os objetivos comuns sejam mais facilmente alcançados, o projeto ajudou as famílias realocadas pela implantação da UHE São Salvador a restabelecer suas atividades socioeconômicas por meio do apoio à prática de uma agricultura sustentável, o que melhorou suas vidas no campo. “Historicamente, essas famílias praticavam uma agricultura de subsistência, sem o conceito de associativismo, que era algo distante”, comenta Adriano Baldissera, analista ambiental da ENGIE na Hidrelétrica São Salvador e um dos idealizadores do projeto.
Com base nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU), a ENGIE proporcionou um ambiente mais favorável para esses produtores rurais, criando a primeira associação de famílias reassentadas do Brasil, a AFAP-Tocantins, inicialmente formada por 12 famílias, mas que foi aberta à comunidade e atualmente já conta com a participação de 69. Com esse projeto, a ENGIE contribui para o ODS 11 de cidades e comunidades sustentáveis que busca tornar as cidades e os assentamentos humanos inclusivos, seguros, resilientes e sustentáveis.
Com a criação da associação, ocorreu um empoderamento das famílias, sendo possível criar sinergia com outros atores da sociedade, tendo a ENGIE como elo para a realização de diversas parcerias, uma delas com a Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB). Por meio da entidade, a AFAP aderiu ao Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) da Agricultura Familiar do Governo. “Além da segurança alimentar, o excedente de produção gerou uma renda extra de R$ 800 por mês, melhorando significativamente a qualidade de vida da comunidade”, destaca Baldissera.
A associação celebrou cinco contratos, que somam mais de R$ 1 milhão e beneficiam 6.500 pessoas, e conseguiu captar recursos para a compra de equipamentos no valor de R$ 47 mil para melhorar a produção e comercialização dos alimentos. Com o apoio da ENGIE, foram criadas outras sete associações formadas por coletores de resíduos, produtores de leite e um grupo de apoio ao desenvolvimento social. “Esses dados reforçam a assertividade das políticas e ações de responsabilidade social da Companhia, gerando oportunidades e consolidando o relacionamento, desenvolvimento e a parceria com as comunidades locais”, ressalta Eduardo Sattamini, diretor-presidente e diretor de Relacionamento com Investidores da ENGIE Brasil Energia. Os contratos celebrados com a CONAB garantiram a entrega de 228 toneladas de alimentos para crianças e idosos em situação de vulnerabilidade, em uma região que conta com uma média de renda abaixo de um salário-mínimo.
O advento do associativismo e da agricultura sustentável criou condições necessárias para proporcionar melhorias na qualidade de vida das famílias, aumentando, por exemplo, a sua renda, a sua segurança alimentar e ainda possibilitou um aumento na diversidade de produtos comercializados e consumidos na região. “Com isso, as famílias, que praticavam agricultura de subsistência, começaram a ter um excedente de produção, conquistaram uma renda mensal extra, seus filhos passaram a ter acesso à educação profissionalizante e o empoderamento das mesmas vem possibilitando que outros projetos sejam realizados”, enfatiza Baldissera.
O projeto foi tão bem sucedido que a ENGIE avalia levá-lo para comunidades de outras usinas hidrelétricas. “A empresa desenvolve projetos e programas sociais, culturais e ambientais que possam servir como legado para as gerações futuras. As comunidades do entorno dos nossos empreendimentos são um público fundamental de relacionamento, com o qual a ENGIE busca permanentemente ampliar o diálogo e contribuir para o desenvolvimento local sustentável”, completa Eduardo Sattamini.
Crédito: DP Pixabay
Fonte: Edelman