UPL Brasil debateu o conceito ESG durante painel no 7º Congresso Nacional das Mulheres do Agronegócio (CNMA), em São Paulo.
O debate sobre responsabilidade ambiental, social e de governança – englobados na sigla em inglês ESG – consolida-se cada vez mais em diferentes frentes. A UPL, uma das quatro maiores empresas de soluções agrícolas do Brasil, debateu o tema com convidadas especiais no 7º Congresso Nacional das Mulheres do Agronegócio (CNMA), no final de outubro, em São Paulo. Entre os destaques, a especialista em governança da UPL Brasil – Vanessa Roberta Silva – enfatizou que o conceito de ESG as companhias estar preparadas para essa realidade, mas de maneira efetiva e não superficial.
A realização do painel está em linha com o movimento UPelas, lançado este ano pela UPL com o objetivo de reconhecer, promover e intensificar a presença feminina no agronegócio. “O UPelas ajuda uma mulher a se ver na outra. Assim, sentimos que não estamos sozinhas e que podemos conquistar mais”, definiu a mediadora Cris Bartis, comunicadora e cofundadora do “Mamilos – Diálogos de peito aberto”, podcast que soma mais de 10 milhões de execuções anuais e está disponível em pelo menos seis plataformas, entre elas a Globoplay.
No evento, o pilar ambiental foi abordado por Cinthia Caetano Carvalho, vice-presidente da Future Carbon Group, que destacou a evolução do agronegócio brasileiro nesse campo. “Hoje não é mais preciso desmatar. Podemos produzir muito mais em um mesmo espaço, por meio do uso de tecnologias e da adoção de boas práticas de manejo”.
Para ela, o descuido com o meio ambiente gera um risco existencial, além de afetar a economia, causando problemas no acesso à alimentação e à água – bem como o aquecimento global. Lutar contra esse problema é extremamente positivo para as empresas. ”Novas tecnologias e melhor governança, inclusive ambiental, ajudam na obtenção de crédito, por exemplo, e incentivam a adoção de boas práticas. Há excelentes oportunidades surgindo, inclusive no mercado de carbono.”
Vanessa Roberta Silva, diretora de crédito e cobrança da UPL Brasil, falou sobre governança. “ESG é um assunto bastante conhecido, que cada vez mais é cobrado pelo mercado e pelas novas gerações. Nós estamos bem avançados nesses pilares. Nossa responsabilidade é muito grande e impacta muito rapidamente a percepção de nossos produtos”, comentou. Entre as ações de governança, conhecer a fundo os parceiros com quem a empresa se associa é fundamental.
“Precisamos avaliar diversas questões, como trabalho análogo à escravidão, por exemplo, antes de fechar parcerias com clientes. Isso porque nossa marca se associa a esse cliente. Então, eu preciso mostrar ao mercado que o nosso setor de governança está preparado para enfrentas essas situações e que é efetivo na prática.”
A responsabilidade social foi tema da apresentação de Luciane Augusta Gongora, diretora da Associação Vida, organização não governamental (ONG) sem fins lucrativos mantida pela UPL. “Uma das mudanças mais importantes que a gente pode fazer, por meio do ESG, é na educação.
Nossa ONG, criada há 15 anos pela UPL, cuida de jovens em situação de vulnerabilidade social, promovendo a mobilidade econômica por meio da educação”, disse. “Quando a gente fala em agro, a gente fala em alimento. Quando a gente fala em alimento, se lembra da reunião de família em torno de uma mesa. Mas, apesar da abundância de alimentos, muita gente ainda não tem acesso à comida. Por meio do nosso trabalho, contribuímos para ajudar a resolver esse problema. E, com isso, estamos recuperando o conceito de família unida.”
Inovações e ESG
ESG também foi pauta de outro painel do CNMA, com participação do gerente de carbono da UPL Brasil, Rogério Melo. Ele destacou iniciativas da companhia em prol da redução das emissões de gases de efeito estufa no mundo, como o Gigaton Carbon Goal, que visa mitigar a emissão de uma giga tonelada de CO2 equivalente até 2040, por meio de práticas agrícolas sustentáveis, em ação realizada em conjunto com a Fifa Foundation.
“Somos uma empresa que tem o princípio a inovação de natureza colaborativa, conforme prega o capitalismo consciente. Nosso propósito é reimaginar a sustentabilidade na agricultura, gerando soluções integradas. Agregamos valor utilizando uma prática já conhecida do produtor, que é a intensificação ecológica, com maior produção em uma mesma área. Precisamos de uma agricultura realmente regenerativa, com boas práticas e o maior uso de biossoluções. Nós somos imbatíveis nessa fronteira e queremos contribuir cada vez mais nesse sentido”, afirmou Melo.
Fonte: Rafael Iglesias – Texto Assessoria