Estudo apresenta repartição territorial das massas de água no RS

Em atendimento a uma demanda do senador Luis Carlos Heinze (PP-RS), a equipe da Embrapa Territorial realizou um estudo sobre a repartição territorial e a quantificação, em nível municipal, das massas de água do Rio Grande do Sul. A partir de dados de 2019 do Mapeamento Cartográfico Contínuo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foram identificadas 5.658 massas de água, ocupando 6,3% da área do estado.

Os dados, principalmente os relacionados às barragens e lagunas, irão subsidiar o parlamentar no desenvolvimento de projetos de irrigação e piscicultura. “Neste momento de estiagem muito forte no Rio Grande do Sul, conseguimos detectar mais de dois mil pontos no estado, principalmente na metade sul, de barragens que hoje servem para irrigação. Isso nos permite projetar uma ampliação dessa capacidade de barramento de águas que atualmente são perdidas durante o inverno, quando chove demais. A ideia é que possamos armazená-las e utilizá-las para a irrigação”, comentou o senador.

As lagunas (grandes lagoas) são a maioria das massas de água entre as identificadas no estudo. Nelas, Heinze pretende desenvolver projetos para incentivo à piscicultura. “As grandes lagoas somam mais de um milhão de hectares, e queremos trabalhar fortemente em um plano para que possamos utilizá-las na piscicultura, além, claro, da irrigação”, completou.

O estudo do centro de pesquisa da Embrapa foi realizado de forma preliminar, utilizando as superfícies de água compatíveis com a escala 1:250.000 (IBGE). Um dos autores, o analista Carlos Alberto de Carvalho, esclareceu que apesar de não captar superfícies hídricas de pequena área, essa escala permitiu visualizar a dimensão territorial das massas de água do estado e de seus municípios.

O chefe-geral da Embrapa Territorial, Gustavo Spadotti, destacou o papel e a contribuição da Unidade em apoiar o Congresso Nacional na formulação de políticas públicas. “Especialmente as políticas públicas que preconizam o aumento da sustentabilidade e da competitividade de todas as cadeias agropecuárias brasileiras, principalmente pensando no desenvolvimento territorial sustentável das diversas regiões produtoras do País”, ressaltou.

Fonte: Embrapa Territorial