As exportações brasileiras até dezembro são projetadas em 42 milhões de toneladas.

As importações totais de milho da UE desde 1º de julho estão em um recorde de 13,5 milhões de toneladas, aponta a Consultoria AgResource Brasil. O volume representa um aumento de 7 milhões de toneladas, o que corresponde a 108%, em relação ao ano passado, sendo que desde 1º de outubro as importações aumentaram 145% na comparação ano a ano.

“A safra recorde do Brasil foi absorvida facilmente pelo mercado global e o trabalho da AgResource sugere que o superávit do Brasil caiu para apenas 3,5 a 4,5 milhões de toneladas que deve ser dividido entre os meses de janeiro e fevereiro”, apontam os analistas de mercado.

De acordo com eles, essas importações recordes baixaram o preço do milho da Europa, mas beneficiaram os principais mercados exportadores – e especialmente o Brasil: “A chave é se o mercado da União Europeia será forçado a liderar outros em um esforço para sustentar grandes importações na primavera e no início do verão”.

“Ainda há preocupação em relação ao aumento dos tempos de espera dos navios no Mar Negro e ao rápido aumento dos preços à vista no Brasil. O USDA em seus relatórios de janeiro ou fevereiro será forçado a revisar as importações da Europa para cima pela quarta vez. A análise do ritmo sugere que as importações totais de milho da União Europeia no ano-safra 22/23 serão de 23 milhões de toneladas”, projeta a AgResource.

Segundo os analistas, as importações recordes de milho europeu estão contribuindo para a estabilidade no mercado global de milho. “Os embarques de exportação dos EUA até o início de dezembro caíram 30% ano a ano. As exportações brasileiras até dezembro são projetadas em 42 milhões de toneladas, o que representa um aumento de 140% em relação ao ano passado”, conclui.

Por: AGROLINK – Leonardo Gottems