O volume de exportações do milho produzido em Mato Grosso do Sul caiu 87,08% entre janeiro e julho de 2017 em comparação com o mesmo período do ano passado. Até o dia 4 de agosto, 58,2% da área plantada já havia sido colhida.
Aldo Barrigosse, consultor em mercado, explica que a retração nas vendas externas se deu em razão dos preços do produto terem caído no exterior. Como os custos de produção são altos, compensa mais vendê-lo no país, onde os valores estão um pouco melhores, do que mandá-los para fora.
As exportações de milho neste ano alcançaram receita de US$ 27,9 milhões. Ano passado, no mesmo período, os negócios haviam rendido U$$ 229,1 milhões.
O Irã foi o principal cliente do estado. Ele comprou US$ 8,9 milhões do cereal colhido em Mato Grosso do Sul. A Coreia do Sul também teve destaque nas receitas geradas pela exportação, comprando US$ 7,5 milhões do produto.
A principal rota de saída do milho sul-mato-grossense para o mundo continua sendo o porto de Paranaguá (PR) seguido por Santos (SP).
O Mato Grosso foi o principal exportador de milho no acumulado de 2017 no país, sendo responsável por 60,5% da receita total das negociações do produto no exterior. Mato Grosso do Sul teve participação de 3,11% a nível nacional e ficou na quinta posição.
Em contrapartida, a colheita do grão em Mato Grosso do Sul deve ser a maior da história este ano. De acordo com a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), devem ser produzidas 9,41 milhões de toneladas do grão na segunda safra deste ano.
O volume é 53,7% superior aos 6,12 milhões de toneladas colhidos no ano passado e o maior de toda série histórica do órgão iniciada em 1989.
Por: CAMPO GRANDE NEWS