A goiana Rachel Leão foi selecionada como uma das lideranças do agronegócio, segundo a Confederação Nacional da Agropecuária (CNA) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar). A jovem de 35 anos viaja à China para conhecer instituições de pesquisa, modelos de empreendedorismo e prospecção de negócios. O prêmio é resultado da seleção feita pela entidade para escolher jovens que poderão impulsionar o agronegócio brasileiro. Trata-se do Programa CNA Jovem que, também indicou os nomes da gaúcha Carolina Heller Pereira, 31; do baiano Cézar Augusto Tumelero Busato, 27; do sul-mato-grossense Murilo Eduardo Ricardo, 25, e da catarinense Dyovanna Depolo de Souza Pinto, 26.
Em um primeiro momento 360 jovens passaram por uma seleção realizada virtualmente. Depois de enfrentarem a primeira peneirada, 134 passaram por seis meses de treinamento. Ao todo, foram 300 horas de formação, que associaram o conhecimento das temáticas de interesse do agronegócio com a prática de tomada de decisões. Além disso, a programação também incluiu uma conversa entre produtores rurais da Austrália, Nova Zelândia, Canadá e Irlanda – participantes da rede internacional de intercâmbio Nuffield – com os jovens do Programa.
Os 134 jovens apresentaram Planos de Ação alinhados com os principais desafios do agronegócio em seus respectivos estados. Rachel conta que sempre se interessou pelo tema de assistência técnica e que durante o intensivão pode perceber de fato o grande problema da comunicação dentro do agronegócio e que o tema do seu projeto não podia ser outro. “Hoje, o perfil de assistência técnica no Brasil é extremamente voltado para os grandes proprietários. Não temos um modelo de negócio fora disso. Dentro desse cenário o Senar lançou o Programa Ater – Assistência Técnica e Extensão Rural -, oferecendo assistência técnica e de gestão. Eu pensei: que tal, juntamente com o Ater, a gente oferecer para esse pequeno proprietário mais informações sobre o Sistema?! Toda vez que o técnico visitar a propriedade poderá oferecer informação de qualidade e falar mais sobre a CNA. É uma plataforma de comunicação direta e eficaz. A nossa marca mãe está muito afastada do público alvo: o pequeno produtor. Precisamos trazer essas pessoas para perto da Confederação”, pontua.
Formada pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), um estágio logo no início da faculdade fez com que Rachel se apaixonasse pela suinocultura e sentisse na pele a carência de assistência técnica na área, assim como em todos os setores do agro. Hoje é instrutora do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural em Goiás (Senar Goiás) em praticamente todos os módulos do Programa Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura (PNDS). “Ministro treinamentos que vão desde a criação do animal, até a gestão da propriedade”, explica. Além da graduação, ela é especialista em Agronegócios e Liderança de Gestão Organizacional.
Assim que a lista com os cinco nomes foi divulgada, no dia 29 de março, Schreiner fez questão de parabenizar Rachel e falar sobre o orgulho de toda a “família Faeg/Senar” em fazer parte disso. “É da nossa terra uma das cinco selecionadas pela CNA como jovem liderança do agro. Que orgulho!”. “Não conheço nenhum setor tão inovador no aspecto tecnológico como o agronegócio brasileiro. Temos muito a contribuir com o Brasil e precisamos da participação de cabeças jovens e antenadas”, completou.
Por: Michelle Rabelo