Goiás é o sétimo estado brasileiro com maior potência de energia solar em telhados e pequenos terrenos

Segundo mapeamento da ABSOLAR, estado possui mais de 686,0 megawatts instalados, com mais de R$ 3,6 bilhões em investimentos e geração de 20,5 mil empregos.

O Estado de Goiás está entre os sete estados brasileiros com maior potência instalada de energia solar na geração própria em telhados e pequenos terrenos. Segundo recente mapeamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), a região possui mais de 686,0 megawatts (MW) em operação nas residências, comércios, indústrias, propriedades rurais e prédios públicos.

A potência instalada de Goiás coloca o estado na sétima posição do ranking nacional da ABSOLAR. Segundo a entidade, o território goiano responde sozinho por 4,7% de toda a potência instalada de energia solar na modalidade.
 
O estado possui mais de 58,4 mil conexões operacionais, espalhadas por 245 municípios, ou 99,6% dos 246 municípios da região. Atualmente são mais de 75,0 mil consumidores de energia elétrica que já contam com redução na conta de luz, maior autonomia e confiabilidade elétrica.
 
Desde 2012, a geração própria de energia solar já proporcionou ao estado de Goiás a atração de mais de R$ 3,6 bilhões em investimentos, geração de mais de 20,5 mil empregos e a arrecadação de mais de R$ 1,2 bilhão aos cofres públicos.
 
“Vale destacar, portanto, que o estado de Goiás é atualmente um importante centro de desenvolvimento da energia solar de usinas fotovoltaicas em pequenos sistemas instalados pelos próprios consumidores. Também, a fonte representa um enorme potencial de geração de emprego e renda, atração de investimentos privados e colaboração no combate às mudanças climáticas na região, aponta o novo coordenador estadual da ABSOLAR em Goiás, Francisco Maiello.
 
O apoio da ABSOLAR ao estado goiano vem de longa data. A entidade colaborou na criação do programa Goiás Solar, referência nacional em programas estaduais para o avanço da fonte fotovoltaica no País.
 
Os consumidores brasileiros que pretendem instalar sistemas de energia solar em residências e empresas têm menos de 60 dias para viabilizar o sistema fotovoltaico antes das mudanças de regras aprovadas pelo Congresso Nacional.
 
Pela nova Lei 14300/2022, publicada no início deste ano, há um período de transição que garante até 2045 a manutenção das regras atuais aos consumidores que solicitarem o acesso de sistemas de geração própria de solar até o dia 7 de janeiro de 2023.
 
Tramita, porém, no Congresso Nacional o Projeto de Lei (PL) nº 2.703/2022, do Deputado Federal Celso Russomanno, que propõe prorrogar em 12 meses o prazo para protocolar os pedidos de solicitação de acesso.
 
Inicialmente, a lei previa um prazo de até 180 dias, contados a partir da data de publicação, para sua integral regulamentação e aplicação pelas concessionárias, permissionárias de distribuição de energia elétrica e pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Mas com o descumprimento, por parte do regulador e dos agentes com contratos de concessão no Brasil, de regras e prazos estabelecidas na lei, o que tem acarretado inúmeros atrasos e dificuldades para os consumidores brasileiros, esse PL tem ganhado cada vez mais força entre os parlamentares e a própria sociedade brasileira.
 
Segundo Rodrigo Sauaia, presidente executivo da ABSOLAR, o crescimento acelerado dos projetos fotovoltaicos em residências, pequenos negócios, produtores rurais e prédios públicos está ligado principalmente a fatores como o alto custo da energia elétrica no País, a queda dos preços da energia solar e a oportunidade de enquadramento nas regras atuais.
 
“A energia solar ajuda a população e as empresas a se protegerem dos fortes aumentos nas contas de luz e contribui para a sustentabilidade do País. Graças à versatilidade e agilidade da tecnologia fotovoltaica, basta um dia de instalação para transformar uma residência ou empresa em uma pequena usina geradora de eletricidade limpa, renovável e acessível”, conclui Sauaia.

Fonte: Thiago Nassa