A presidenta Dilma Rousseff, por meio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), autorizou, nesta sexta-feira (17), o deságio de 13% no valor do preço de mercado para o programa de venda de milho em balcão para a região da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene).
O preço de venda será definido pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) com base nas cotações locais do produto, no limite mensal de seis toneladas por criador. O preço médio de mercado da saca de 60 quilos do milho está em R$ 39. Com o deságio, estima-se que o valor médio fique em R$ 33,90.
A medida foi determinada em apoio aos pequenos agricultores atingidos pela seca na região da Sudene, que já dura quatro anos. A venda visa a garantir que pequenos criadores possam alimentar seus rebanhos.
“É um longo tempo de sofrimento com a seca”, disse a ministra da Agricultura, Kátia Abreu, ao destacar que o governo fez o máximo dentro da norma técnica que estabelece o teto de 5% por ano para o cálculo do deságio e mais um percentual para a mobilidade do produtor. “Mais pudéssemos, mais faríamos”, acrescentou a ministra, ao salientar a importância da medida.
O pleito foi apresentado à ministra na última terça-feira (14) por deputados e senadores da bancada do Rio Grande do Norte, que pediram a medida em nome de toda a bancada do Nordeste. Durante reunião, no Mapa, a ministra solicitou que a área técnica analisasse os mecanismos disponíveis para atender à demanda dos parlamentares.
Em abril, Kátia Abreu já havia autorizado a venda de 100 mil toneladas de milho dos estoques públicos para o programa de venda em balcão na região da Sudene, que compreende nove estados nordestinos, o extremo norte de Minas Gerais, Vale do Jequitinhonha e o norte do Espírito Santo. Amedida foi aprovada pelo Conselho Interministerial de Estoques Públicos de Alimentos (Ciep).