Homenagem e apresentação na Câmara de Petrolina

Marcam os 47 anos da Embrapa Semiárido

Neste mês de março, a Embrapa Semiárido, localizada em Petrolina-PE, completa 47 anos de pesquisas voltadas para a agropecuária da região. Celebrando a data, serão apresentadas as principais contribuições da Empresa para o desenvolvimento do Vale do São Francisco, durante sessão da Câmara Municipal de Petrolina do dia 17 de março, a partir das 11h.

A apresentação será feita por Maria Auxiliadora Coêlho de Lima, chefe-geral da Embrapa Semiárido, a primeira mulher a assumir o cargo mais alto do centro de pesquisa. E, por isso, ela será homenageada, também na Câmara de Petrolina, em Sessão Solene a se realizar no dia 10 de março, em celebração ao Dia Internacional da Mulher.

A Embrapa Semiárido foi criada em março de 1975, com a missão de gerar conhecimentos, tecnologias e inovações para promover a produção agropecuária no ambiente quente e seco do Semiárido, que predomina no Nordeste e norte de Minas Gerais. Desde então, vem desenvolvendo inúmeras pesquisas com foco em três temas principais: a agropecuária dependente de chuva, a agricultura irrigada e o uso sustentável dos recursos naturais.

Entre as suas mais recentes e mais importantes contribuições está o desenvolvimento do porta-enxerto BRS Guaraçá, resistente ao nematoide das galhas da goiabeira, que é um dos mais importantes problemas da cultura em todas as regiões do Brasil e também ao redor do mundo.

As pesquisas da empresa também foram cruciais para o desenvolvimento da fruticultura irrigada no Vale do São Francisco, como as recomendações e desenvolvimento de estratégias de aplicação de reguladores vegetais na cultura da mangueira, o que tornou possível a floração e, portanto, a produção em qualquer época do ano – que é uma das grandes vantagens competitivas da região.

Outra das principais culturas da região, a uva, também conta com importantes contribuições da Embrapa, como a adaptação de cultivares às condições de solo e clima da região, recomendações de manejo, de controle de pragas e doenças, pós-colheita e processamento, e mais recentemente o lançamento da primeira variedade de uva totalmente desenvolvida na região Nordeste – a BRS Tainá.

Além da uva e da manga, já consolidadas como principais culturas da região, a Embrapa também tem trazido novas alternativas para o mercado, a exemplo da maçã, caqui e pera, que já vêm sendo introduzidas em áreas comerciais do Vale e de outras regiões do Semiárido brasileiro.

A instituição também vem se dedicando ao desenvolvimento e lançamento de variedades de plantas mais adaptadas para o cultivo comercial na região, como a cebola BRS Alfa São Francisco, tolerante a temperaturas elevadas, cultivares de feijão-caupi tolerantes à seca e com maior teor de proteína nos grãos, clones de umbuzeiro, além da primeira variedade de maracujá-da-caatinga, a BRS Sertão Forte.

A atuação da Embrapa Semiárido se destaca, ainda, no desenvolvimento e recomendação de práticas agropecuárias, protocolo para multiplicação de parasitoides exóticos para o controle biológico de mosca-das-frutas, manejo integrado de pragas do melão e de podridões na manga, dietas para alimentação animal com base em recursos forrageiros regionais, entre outros.

O centro de pesquisa também tem atuado em programas e políticas públicas de promoção do desenvolvimento regional, tendo realizado trabalhos pioneiros com uso de águas salinas e com captação e uso de água de chuva, que resultaram em programas que garantem à população rural do Semiárido o acesso a água para consumo e para produção.

A unidade de pesquisa lidera atualmente importantes portfólios de pesquisa da Embrapa voltados para a convivência com a seca e para a fruticultura tropical e para a agricultura irrigada. Suas pesquisas e ações também englobam temas como a integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF), agroecologia e inovação social, agricultura de baixo carbono, agricultura biossalina, conservação da raça Sindi, entre outros.

Fonte: Embrapa Semiárido