A mudança é resultado de uma série de “questionamentos” internos de “especialistas”, de acordo com a agência oficial de notícias Portal Brasil. Segundo esses técnicos, o critério norte-americano “não leva em consideração as condições brasileiras. Essa metodologia foi definida segundo as condições edafoclimáticas dos EUA e, consequentemente, utiliza os cenários determinados para esse país”, anunciou o site do governo.
O Supervisor do Núcleo de Análises Técnicas da Embrapa Gestão Territorial, Rafael Mingoti, sustenta que “ao adotá-la [a metodologia dos Estados Unidos], assumimos um grau de incerteza, na medida em que podemos registrar um agrotóxico sem considerarmos a realidade dos cenários brasileiros”.
Para substituir as normas norte-americanas, a Embrapa desenvolve critérios locais através do projeto “Identificação de cenários nacionais para a Avaliação de Risco Ambiental de agrotóxicos”. A iniciativa tem como objetivo principal comparar os cenários de “pior caso”, adotados pelo Ibama para ARA em corpos d’água superficiais, com os cenários mais representativos de cultivo de soja predominantes no Brasil.
Para isso, serão feitos cruzamentos de informações utilizando ferramentas de software de Sistemas de Informações Geográficas (SIG), na perspectiva de se identificar, nas áreas com cultivo de soja, a distribuição territorial dos tipos de solos, relevo e hidrografia.