De eficácia comprovada por pesquisas conduzidas em parceria com fisiologistas renomados, como os pesquisadores professor José Donizeti, da UFLA, Paulo Mazzafera, da Esalq, e André Reis, da Unesp, nas principais regiões produtoras de café, o biofertilizante Keep Green será apresentado pela ICL no 25° Simpósio Cafeicultura Matas de Minas, que acontece em 10 e 11 de abril, em Manhuaçu (MG). Organizado pela Associação Comercial, Industrial e Agronegócios de Manhuaçu (ACIAN), o evento, que visa difundir as novas tecnologias, trabalhos e fortalecer o desenvolvimento da região e do café de montanha, por meio de palestras e atendimentos nos estandes, reúne cafeicultores, consultores e comerciantes do seguimento da região e deve contar com a presença de 10 mil pessoas nesta edição.
Com cinco anos de pesquisa, desenvolvido no Innovation Center (Centro de Inovação) da empresa, em Iracemápolis (SP), e investimentos de mais de R$ 6 milhões, Keep Green foi lançado há dois anos como o primeiro produto registrado como biofertilizante da companhia. A solução traz proteção contra excesso de radiação solar às folhas do cafeeiro, amenizando os efeitos do clima sobre a planta, contribuindo para o aumento de produtividade, em cerca de 23%. Além disso, o impacto na qualidade vem também sendo observado em campo.
Por agir em diversas formas na fisiologia e no metabolismo da planta, melhorando a eficiência metabólica do vegetal, o biofertilizante atua na regulação da abertura dos estômatos, aumenta a concentração de clorofila e a taxa fotossintética diária, além de diminuir o estresse oxidativo causado pelo excesso de radiação solar nas folhas e frutos. “O café é uma combinação de intensidade, sabor e aroma, podendo gerar centenas de tipos de bebidas diferentes. Se eu tenho uma planta com menor estresse foto-oxidativo, a complexidade fica mais intensa, ou seja, o grão consegue produzir mais açúcares e mais fenótipos complexos, elevando a qualidade da bebida”, detalha o engenheiro agrônomo Marcos Rigamonte.
Segundo Rigamonte, gerente comercial da ICL, em colheitas realizadas em 103 áreas nas principais regiões cafeeiras, como Sul, Sudoeste, Matas de Minas Gerais, Alta Mogiana e Alto Paranaíba, em São Paulo, houve incremento de 8.4 sc/ha com Keep Green. “Estamos falando de uma tecnologia de efeito fisiológico que interfere na fisiologia da planta, amenizando esse excesso de temperatura e de radiação e que reflete em produtividade”, diz.
“A região das Matas de Minas enfrenta desafios relacionados ao clima, logística e custos de produção, mas também apresenta oportunidades significativas no mercado de café de alta qualidade e sustentável. Os produtores precisam de apoio técnico, acesso a insumos de qualidade e investimentos para atender às demandas do mercado e garantir o sucesso de suas operações”
No caso do café arábica, Rigamonte afirma que se observou que o café pode, inclusive, sair de uma categoria comum para especial com a sua utilização. Ele explica que, tomando como referência a classificação americana SCAA (Special Coffee Association of America), que se baseia em diversos critérios, como sabor, aroma, torra, intensidade, entre outros, para se chegar em uma pontuação, foi possível observar esse aumento na qualidade. “Nas amostras de café com Keep Green submetidas à prova sensorial por Q-graders, o café arábica saiu de 80 pontos para mais de 90 pontos – diferentemente das amostras testemunhas (sem Keep Green) da mesma lavoura –, sendo considerada bebida especial a pontuação acima de 84. Com Keep Green, portanto, estamos levando aos cafeicultores uma tecnologia inovadora, disruptiva e de alta rentabilidade, comprovada por pesquisas e dados concretos observados”, relata.
Linhas de atuação
A recomendação é que Keep Green seja aplicado via foliar nas lavouras novas de café, após o transplantio, na dose de 2% da calda, com repetição após 60 dias. Nas lavouras adultas a aplicação deve ser de 7,5L/ha, de outubro a janeiro do ano seguinte. Em relação aos principais produtos disponíveis no mercado e aplicados no mesmo momento que Keep Green, a compatibilidade foi de 100%. O manejo nutricional do cafeeiro para altas produtividades inclui o planejamento técnico com foco no equilíbrio químico, físico e biológico do solo, adequado para cada tipo de lavoura.
Centro de Inovação e investimentos
A ICL conduz inúmeros ensaios em seus centros de inovação em Iracemápolis (SP), Cruz Alta (RS) e Conchal (SP), credenciados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) como instituições de pesquisa do País. O credenciamento permite o uso dos resultados das pesquisas geradas no centro de inovação para o registro de novos produtos. De acordo com a lista de instituições privadas de pesquisa do MAPA, a empresa é a única que atua exclusivamente na área de Nutrição e Fisiologia de Plantas a possuir três centros de pesquisa credenciados.
Fonte: Cláudia Santos