Impacto do clima na safra 23/24: a importância de fazer a dessecação da soja no momento correto

A questão climática está impactando a safra de soja 2023/2024 em todo o Brasil. Condições como o excesso de chuvas na região sul, as chuvas irregulares no Centro-Oeste e o tempo seco no Norte e Nordeste geram atraso no plantio. Além disso, as altas temperaturas que têm sido registradas em todo o país é outro fator que pode provocar a perda de potencial produtivo da cultura.

E não é apenas a produção de soja que acaba sendo afetada. Com o atraso da janela de plantio, a segunda safra do milho (conhecida como “safrinha”) também pode ser prejudicada, uma vez que o seu início acaba sendo postergado. Consequentemente, os riscos climáticos aumentam.

De acordo com uma estimativa da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), a produção total de milho na safra 23/24 será de 118,5 milhões de toneladas, o que representaria uma redução de 10,2% em comparação ao ciclo anterior.

Para o agricultor, uma forma de buscar minimizar esse atraso de janela de plantio e uniformização da lavoura de soja para colheita é realizar a dessecação da soja, permitindo o início do cultivo do milho da segunda safra. Porém, este é um processo que exige cuidado.

“No processo de dessecação, é possível ganhar cerca de cinco a sete dias para antecipar o plantio do milho. Isso já é normal na rotina do agricultor do Cerrado. Contudo, nesses momentos mais críticos, muitos deles antecipam demais essa dessecação e, com isso, acabam reduzindo o potencial da soja. Portanto, é fundamental fazer a dessecação no momento correto, em geral no estádio fenológico R7.3”, alerta Marcelo José Batistela, responsável pela área de Desenvolvimento de Produto da Caraíba Genética e Sementes.

Empresa com forte atuação em inovação e tecnologia no campo, por meio de melhoramento genético de soja e milho, a Caraíba possui um portfólio com diferentes biotecnologias, que auxiliam o agricultor a otimizar a sua produtividade.

“Dentro de uma propriedade, é importante o agricultor escolher cultivares de soja com diferentes grupos de maturidade, para escalonar o plantio e, automaticamente, colheita, permitindo que esta operação e a implementação da cultura subsequente sejam feitas dentro do planejado”, comenta Batistela.

Fonte: André Dayan