Implementação do 5G SA no Brasil

O 5G SA será ativado pela primeira vez no País hoje, dia 6 de julho, em Brasília, segundo informado na tarde dessa segunda-feira pela Anatel e pelo Ministério das Comunicações. Neste momento histórico, o Brasil vai dar um salto tecnológico expressivo, tornando-se o primeiro país da América Latina com a tecnologia 5G StandAlone.

Uma das vantagens do padrão 5G StandAlone frente ao padrão 5G Non StandAlone é que a cobertura das antenas de transmissão é maior em cerca de 25% no StandAlone, pois existe a possibilidade as diferentes faixas de frequência do 5G (3.500 e 700 MHz por exemplo) trabalharem de forma agregada, o que expande a área de cobertura.

A Capital Federal vai funcionar como piloto, em especial no que diz respeito aos processos de liberação da faixa para a ativação dos serviços 5G nas demais capitais brasileiras, que deverão ter a nova tecnologia implementada até 29 de setembro de 2022, de acordo com o cronograma definido pela Anatel.

O que vai mudar para o País, para o setor de telecom, para os diferentes setores da indústria e para o cidadão comum com a chegada do 5G SA?

  • Na visão da Ericsson (podemos disponibilizar fontes especializadas, estudos e imagens), esta tecnologia será uma das alavancas fundamentais para ajudar o Brasil em sua retomada econômica e ampliação do potencial competitivo, e veremos um impacto positivo muito significativo em geração de novos negócios e receitas até 2030.
  • O CEO da Ericsson para o Cone Sul da América Latina, Rodrigo Dienstmann, pode compartilhar detalhes de uma análise feita pela companhia mostrando como o 5G SA poderá beneficiar o mercado nacional já no curto prazo e o que as empresas, governo e demais atores do ecossistema de inovação devem fazer para alcançar isso.
  • De acordo com a nova edição do Ericsson Mobility Report, que acaba de ser publicada, o 5G somará 1 bilhão de assinaturas até o final de 2022 e chegará 4,4 bilhões em 2027 em âmbito global. Nos próximos cinco anos, o 5G deverá responder por quase metade de todas as assinaturas móveis no mundo e por 35% na América Latina. O estudo mostra que a tecnologia 5G está se expandindo mais rápido do que todas as gerações anteriores de conectividade móvel e que o tráfego de dados de rede móvel global dobrou nos últimos dois anos, impulsionado pelo aumento do uso de smartphones e banda larga móvel, bem como pela digitalização da sociedade e das indústrias. A expectativa é que 60% do tráfego de dados da rede móvel global seja em redes 5G até 2027.
  • Em todo o mundo, 20 operadoras operam atualmente o 5G SA, usando, em sua maioria, a faixa de 3,5 Ghz. O Brasil já sai na frente com 3 redes 5G SA. A média mensal de tráfego de dados por pessoa no mundo é de 15 gigabytes. No Brasil, esse número é de 8 gigabytes, com previsão de crescimento para 34 gigabytes até 2027.
  • A quantidade de espectro licitada no leilão do 5G no Brasil foi grande, o que pode facilitar a expansão da conectividade na faixa de 3,5 Ghz. Além disso, as grandes teles e outras operadoras arremataram lotes de 40 mhz e 50 mhz na faixa de 2,3 Ghz. Sem falar do espectro do MMV (tecnologia de ondas milimétricas), na faixa de 26 GHz, em que será possível usar a tecnologia FWA (Fixed Wireless Access, que permite conexão sem fio entre locais fixos conectados), boa para áreas remotas.

Fonte: Weber Shandwick