“A evolução dos importados nos últimos 30 anos mostra a perda de competitividade da indústria química nacional, com maior gravidade na última década: em 1990 os produtos importados representavam 7% do consumo aparente nacional (CAN), que mede a produção mais importação menos exportação; em 1995 os importados representavam 14%; em 2000 o índice era de 21%; em 2005 24%; em 2010 chegou a 29%; e desde 2013 quando o índice alcançou 34%, os importados passaram a representar mais de 30% do consumo interno”, indica.
De acordo com a diretora de Economia e Estatística da Abiquim, Fátima Giovanna Coviello Ferreira, tradicionalmente, o segundo trimestre do ano apresenta resultados melhores do que aqueles verificados nos primeiros três meses do ano, mas esse ano foi exceção. No primeiro semestre deste ano, o índice de produção caiu 1,52% em comparação com o mesmo período de 2018, registrando o pior resultado em 10 anos.
“Os custos médios de produção no mercado interno foram afetados pelo aumento nos preços de matérias-primas básicas do setor e que acompanharam o preço praticado no mercado externo, como o petróleo que subiu 13,9% e a nafta que teve uma elevação de 1,6% – nos seis primeiros meses do ano, agregado com a baixa ocupação das instalações, que impactou substancialmente os resultados dos índices de operação das plantas. Soma-se, ainda, o elevado custo da energia, bem como as deficiências logísticas e a alta carga tributária, que também impactaram a química. Dessa forma, a produção local vem perdendo espaço para o produto importado e gerando riqueza lá fora”, analisa Fátima.
Fonte/Crédito: Agrolink Por Leonardo Gottems