Mercado continua nervoso tentando mensurar os prejuízos de geada. A bolsa de N.Y. finalizou a quarta-feira com forte alta, a posição setembro oscilou entre a mínima de -0,25 pontos e máxima de +11,10 fechando com +9,20 pts.
A moeda norte-americana recuou 0,78%, cotada a R$ 5,1901. A moeda dos EUA operou nas máximas em três meses e meio contra seus pares mais diretos, enquanto no Brasil a queda da cotação na véspera compensou apenas uma fração da forte alta de segunda-feira, o que sinaliza manutenção de prêmio de risco no câmbio diante do aumento das incertezas sobre os rumos da economia global. “Por mais que você diga que os fundamentos da moeda permanecem fortes –com termos de troca, commodities nas máximas históricas, expectativas de entrada de recursos dos `follow-ons`…–, nas duas vezes recentes esse `case` construtivo acabou tendo um prejuízo bastante razoável”, afirmou Motta, referindo-se também à alta de 2,40% do dólar em 6 de julho. Segundo ele, há expectativa de que a oferta pública de ações da Raízen, que pode somar 6,9 bilhões de reais, tenha 50% de sua demanda vinda de estrangeiros. Enquanto isso, o real segue como a moeda mais volátil dentre as principais. A volatilidade implícita nas opções de dólar/real para três meses –uma medida do grau de incerteza sobre a taxa de câmbio– estava em 16,7% ao ano, marcadamente acima da volatilidade atribuída à instável lira turca (14,8%). No plano local, as atenções dos agentes financeiros se voltam para possíveis “arranhões” nas relações entre Executivo e centrão em torno do fundo eleitoral, com potenciais riscos ao andamento da agenda de reformas. Na terça, o presidente Jair Bolsonaro reforçou que vai vetar o novo fundo partidário de R$ 5,7 bilhões, destacando a “harmonia entre os Poderes” e o “respeito ao povo brasileiro”. Lá fora, o clima foi positivo. Na China, as ações tiveram alta, com o índice ChiNext, pesado em tecnologia, atingindo máxima de seis anos e com as ações de empresas de recursos naturais saltando. Na Europa, uma série de dados positivos de empresas blue-chips ajudaram o índice referencial da região a subir nesta quarta-feira e se recuperar das perdas de segunda-feira, enquanto as ações de viagens se recuperavam depois de semanas de perdas.