O dólar comercial fechou praticamente estável, com leve alta de 0,06%, cotado a R$ 3,7430. Investidores estavam de olho na tramitação da reforma da Previdência no Congresso, com expectativa de instalação da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). O mercado também observava as articulações políticas do governo para aprovar a proposta. O mercado estava mais otimista com o exterior, após os Estados Unidos prorrogarem o prazo para chegar a um acordo comercial com a China, suspendendo um aumento tarifário que estava previsto para 1º de março. O presidente dos EUA, Donald Trump, disse que ele e o presidente chinês, Xi Jinping, devem se encontrar para selar um acordo caso continue havendo progresso nas negociações. Ao longo da semana, o mercado acompanha ainda a divulgação de dados importantes nos Estados Unidos, com destaque para o PIB (Produto Interno Bruto) do terceiro trimestre, e números de atividade industrial na China.
O Brasil, maior produtor e exportador de café, em nível mundial, apenas no mês de dezembro de 2018, exportou o equivalente a 3,83 milhões de sacas, volume que representa um acréscimo de 26,7%, se comparado com o mesmo mês do ano anterior. E, nos últimos três meses desse ano, as exportações brasileiras atingiram um total de 11,44 milhões de sacas, o que confere uma média mensal de 3,81 milhões de sacas no período. O total das exportações dos Cafés do Brasil em 2018 somaram 35,15 milhões de sacas de 60kg, volume 13,7% maior que o ano anterior. Essa performance positiva das exportações brasileiras de café é atribuída principalmente à safra recorde de 2018, a qual foi de 6l,66 milhões de sacas de 60kg, conjugada com a questão da depreciação da moeda brasileira, em relação ao dólar norte-americano, fatores que somados tornaram as exportações do País mais competitivas. Além disso, a safra brasileira também ocorreu em um ano de bienalidade alta dos cafés arábicas, fenômeno fisiológico da planta que alterna maior produção numa safra com menor na seguinte. Assim, nesse ano objeto de análise, as exportações de cafés arábicas somaram 30,86 milhões de sacas e as de cafés robusta 4,29 milhões de sacas, totalizando 35,15 milhões de sacas, com uma média mensal de 2,92 milhões de sacas de 60kg. Esses dados e números, ora em destaque e objeto desta análise, relativos ao desempenho dos Cafés do Brasil, além de vários outros do panorama da cafeicultura mundial, foram extraídos do Relatório sobre o mercado de Café janeiro 2019, da Organização Internacional do Café – OIC. As edições desse Relatório, que é divulgado mensalmente, desde julho de 2014, estão disponíveis na íntegra no Observatório do Café do Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa Café.
Fonte: Mellão Martini