UBERABA, MG – 28 de setembro, 2021 – Confira a nova análise do Especialista de Mercado da Grão Direto sobre às cotações da Bolsa de Chicago e os preços praticados no mercado para SOJA, MILHO e SORGO.
MILHO – O MERCADO NA ÚLTIMA SEMANA
Na última semana, por conta da melhoria do clima na maioria das regiões produtoras, houve uma queda moderada nos preços do milho em várias dessas localidades, favorecendo o plantio da safra verão 2021/22. Mesmo assim, os compradores continuam cautelosos, almejando negociar preços melhores, na expectativa do aumento da importação do milho. De acordo com a Secex (Secretaria de Comércio Exterior), na importação do milho houve um acréscimo de 66,49% em setembro de 2021, contrapondo o volume de setembro de 2020, demonstrando que o grão brasileiro ainda está muito valorizado no mercado interno, impulsionando assim a expectativa de redução nas exportações. Por falar em exportação, a Bolsa de Chicago (CBOT), finalizou a semana negativa e acumulou uma queda de -0,4%, fechando a 5,25 dólares por bushel. Enquanto isso, em uma semana de bastante oscilação, o dólar fechou em alta de +1,1%, valendo 5,34 reais. Apesar do cenário de leve queda em Chicago, e da alta da moeda norte americana tornar o preço de exportação mais atrativo, os valores no mercado interno não foram influenciados e permanecem em outro patamar.
ANÁLISE DO ESPECIALISTA
O risco de falência da empresa chinesa Evergrande também foi responsável pela alta do dólar,pois causou tensão no mercado financeiro. A moeda só conseguiu se recuperar depois da divulgação do plano de recuperação da empresa.
O QUE ESPERAR DO MERCADO PARA ESSA SEMANAPara esta semana, as cotações no comércio interno poderão continuar em desvalorização, devido à falta de interesse por parte do comprador, e do avanço do plantio da safra verão em várias regiões produtoras. Vale lembrar que a queda das exportações também tem ajudado no recuo dos preços. Pois, consequentemente, há uma tendência de aumentar a oferta do cereal para atender a demanda brasileira.
SOJA – O MERCADO NA ÚLTIMA SEMANA
Na semana passada, a possibilidade de falência da incorporadora imobiliária chinesa Evergrande também causou quedas bruscas nos preços da soja na Bolsa de Chicago. Mas, devido à estabilização da empresa, o grão se recuperou e finalizou sendo cotado com o mesmo valor da semana anterior, valendo 12,84 dólares por bushel. A alta foi impulsionada pelo aumento da demanda mundial pela oleaginosa americana.
ANÁLISE DO ESPECIALISTA
Com a Bolsa de Chicago estável e dólar em alta, os preços da soja subiram em algumas regiões do Brasil para atender o mercado de exportação. Já em regiões com a presença das grandes indústrias de soja, os preços ficaram próximos da estabilidade, mas ainda assim mantendo valores mais atrativos em comparação com o mercado externo.
O QUE ESPERAR DO MERCADO PARA ESSA SEMANA
Para esta semana, o mercado continua com suas atenções voltadas para a safra 2021/22, que já sinalizou o plantio no Mato Grosso (maior produtor nacional), e avanço em várias regiões. Além disso, a colheita americana segue sem imprevistos. Esses fatores podem pressionar as cotações da Bolsa de Chicago para baixo. Em contrapartida, as restrições de energia na China vêm causando paralisações expressivas na soja, podendo pressionar a elevação de preço do óleo derivado do grão, e consequentemente, da soja in natura. Com esses acontecimentos, a Bolsa de Chicago deve ter uma semana próxima da estabilidade, com tendência de alta moderada. Nesse cenário de estabilidade na Bolsa de Chicago e dólar, considerando uma entressafra no mercado interno, há uma probabilidade de alta moderada nos preços de soja, tanto no disponível, quanto na entrega futura 2021 e 2022.
ANÁLISE DO ESPECIALISTA
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Fonte: GrãoDireto