A ministra Kátia Abreu (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) discutiu nesta segunda-feira (16) com secretários estaduais da Agricultura e da Indústria e Comércio dos quatro estados que compõem o Matopiba (formado por partes do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) o formato da futura agência de desenvolvimento da região.
O Matopiba é a última fronteira agrícola em expansão do mundo, segundo a ministra, e abrange 337 municípios num total de 73 milhões de hectares. A região é como estratégica para o Ministério da Agricultura, que pretende apoiar o crescimento sustentável dos produtores locais com investimento em tecnologia e assistência técnica.
A criação de uma agência de desenvolvimento é uma das propostas do Mapa para a região. O encontra com a ministra reuniu, nesta segunda-feira, representantes dos estados, da iniciativa privada e das instituições de pesquisa, de ensino e de promoção do desenvolvimento para apresentar o potencial do Matopiba na área agrícola.
A produção de soja na região, por exemplo, saltou de 84 mil toneladas em 1993 para 7,6 milhões no ano passado. De acordo com dados do censo agropecuário, o Matopiba contribuiu em 2006 com 40,45% do valor total da produção agrícola no conjunto dos quatro estados. Em 1996, esse percentual era de 35,05%.
A agência de desenvolvimento deverá promover a inovação, pesquisa, agricultura de precisão e assistência técnica. “A vocação desse lugar é agropecuária. O foco nos pequenos, médios e grandes produtores trará consequência muito positivas nos serviços prestados nas cidades, na infraestrutura de tudo que ocorre em volta”, explicou a ministra.
Kátia Abreu pediu aos secretários contribuições sobre o modelo a ser adotado para a agência de desenvolvimento. Eles deverão enviar suas sugestões até 26 de março. “Preciso muito que vocês me ajudem nessa agência porque ela tem que ser um caso de sucesso”, destacou.
A ministra defendeu a participação iniciativa privada. “A experiência nos mostra que a mola propulsora de tudo são os empresários. A agência terá que trabalhar ao lado daqueles que gerarão emprego”, disse.
O Matopiba, de acordo com Kátia Abreu, será a única região agrícola brasileira em que o governo terá a oportunidade de acompanhar seu desenvolvimento. “Nas outras regiões, os produtores subiram para ocupar o Centro-Oeste e a logística, até hoje, não chegou. O poder público não fez companhia a esses produtores. Com o Matopiba, queremos reverter esse histórico”, afirmou.